sábado, 19 de junho de 2010

Nobody said it was easy





Qual é o real peso de quando se sente um enorme peso nas costas, de uma vontade de gritar, desprender, ou simplesmente dizer uma vontade? Quero dizer, existe um medo que repreende uma singela e amigável vontade de dizer, o que pode ser uma solução. Mas um medo combatente se pregado pela dor de uma conseqüente verdade, que muitas vezes, em cinqüenta por cinqüenta porcento, nunca se sabe o que é. Pode bater um arrependimento por dizer tais palavras, que talvez, nunca deveriam de terem sido pronunciadas, e ter quebrado um silêncio noturno, onde doeram muito o físico, batalhando com o psicológico para sobreviver a uma guerra de palavras, de confidências, de verdades a serem exclamadas. A gente se comove muito fácil, mas nos absorvemos melhor nos pensamentos ilusórios do que poderia ocorrer se fosse realmente dito algo.

Sabe a gente tem um medo de errar, de ter que voltar atrás. A gente tem medo da verdade. Assim, como ela é. Não temos a fria coragem de aceitar fatos, de vê-los como realmente são, e seguir a vida. É desumano ter noções fora dos próprios sonhos. Como uma dor que alfineta a ferida, e ainda sim tenhamos que sobreviver. É caso raro aquele que consegue ter o sabor da verdade dolorida, e seguir em frente como se aquilo não o comovesse. É um medo com angústia. Medo com adrenalina. Medo com qualquer sentimento, mas que na bem da verdade, o medo seja prevalecido, porque dele é mais fácil de se agarrar depois que o negativo já se apossou.

A gente pensa que tem tanto tempo, para fazer tanta coisa. Se pararmos para pensar no que já fizemos e no quanto tempo ainda se tem, mesmo sem saber até quando esse tempo irá se delongar. Chegamos à plena conclusão de que não fizemos nada. Pare e pense para ver se alguma coisa realmente mudou de um dia para o outro, em um setor psicológico. Não digo mais feliz, nem mais triste, nem no mesmo vazio de sempre. Mas e esse amor mal resolvido, mal acabado, mal iniciado, ele mudou? Num passar de tempos, ele deu em algo, ou ficou simplesmente na lembrança de não ter acabado? Ou simplesmente no fato de que o comodismo pegou de jeito, e tocar naquilo seria uma forma de remoer o passado e ter, novamente, o medo de não saber no que dará?

Viu novamente o tal medo de que todo mundo odeia se defrontar. Parece morte. Parece decisão entre Paraíso e inferno. Porque tanto o medo de dizer alguma coisa, que pode ou não dar certo, medo é para ser quebrado. Mas o que importa se até mesmo quem vos escreve nasce e vive de medo. Sabe aquele medo de dizer, o que dentro de um coração sempre habita. De pronunciar as palavras que todos conhecem, mas para aquela certa pessoa. Se pararmos para pensar que, eu poderia dizer agora, mas o meu medo do que possa vir é tão grande que é mais fácil deixar quieto. Mas a gente pode passar uma vida querendo dizer tantas coisas para aquele ser, e o tempo passa, e quando vemos, não fizemos nada, nem para, pelo menos, nos aliviarmos de tal sentimento. Uma vez me disseram que a gente, quando tem a oportunidade de dizer que ama alguém ou que simplesmente ela faz diferença na tua vida, é preciso dizer.

Guardar para si o que se sente? Já não temos tantas coisas para se guardar, para nos repreender, e além de tudo isso, a gente ainda tem que ficar repelindo um amor, uma amizade, ou até um ódio? Sabe, de rancor já estamos fartos, de pensar que algum dia a gente vai usar contra ou a favor. Mas guardar tanta coisa é puro desgaste. Seria tão mais simples se todos fossem sinceros para com os outros. Sem as mentirinhas e as façanhas escondidas e semi-abertas que todos fazem para conquistar, reconquistar ou deixar alguém de lado. Se, numa realidade quase utópica, a gente pudesse não pensar muito no que as pessoas iriam pensar sobre as nossas atitudes sentimentais, seria em suma, muitos porcento a menos numa escala medrosa e de arrependimento. Por fim, se eu pudesse, por um milésimo de coragem, pode dizer o que aqui dentro habita, seria quase que uma conquista heróica de um medo dramática, de um conto de fadas quase trágico, de uma personagem nada brilhante, em meio de crises amorosas de um rapaz que tal nem saiba que ela o ame tão fervorosamente.


"Que te dizer? Que te amo, que te esperarei um dia numa rodoviária, num aeroporto, que te acredito, que consegues mexer dentro - dentro de mim?"