quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Delicinha chamada Dove




Como dizia Joseph Climber “Existem pessoas que não se abatem por nada...” – com esse dizer que começo meu texto sobre, ela, a pessoa mais distinta da Unisinos, mais do que tudo, a professora Dove [não resseca a sua pele( mas resseca seu cérebro e paciência)... Há hã].




Não se abatem por nada? Simplesmente isso, somos todos (além de alunos da professora) sobreviventes! Sim a cada final de sexta-feira (justo na sexta; muito traumático) damos graças por estarmos mais uma vez livres e vivos. Não que a aula seja ruim (botão irônico ON explodindo), mas o que não é bom, realmente é a professora. Lingüística estuda o que? Sinceramente, do fundo do meu coração, eu não tenho bem certeza sobre o que se estuda. Para se ter idéia, minha preparação psicológica para essa aula se inicia exatamente cinco minutos após o final da mesma. Não que exija muito, todavia para suportar a Dove ( e seus sinônimos, a qual pode se chamar – Couve, -Louve....-ove!...) necessita de muita força.


Se você não tem um estômago, cabeça, olhos e todo o resto bem resistente, nem entre na sala as sextas. Ao estomago pela visão que terás. A cabeça por ter que agüentar umas três horas falando sobre algo que você não vai entender (porém se leres os polígrafos entenderás). Os olhos para mantê0los abertos, que se POR ACASO bater um sono não conseguirás fechar (esse por acaso é algo corriqueiro). E todo o resto simplesmente porque é muito difícil manter-se, agüentar e sobreviver a essa aula. Somos sobreviventes, porque de tanta força para suportar algo incrivelmente desgastante e, de certa forma muito intrigante.


Vejamos pelo lado intrigante da coisa. Digamos que você nunca foi um serial killer, nunca teve desejos suicidas, nunca desejou matar alguém. Mas de uma hora para outra, além de se rebelar um pouco fora das características que as pessoas pensam sobre você, algo a mais se sobressai. Esse algo a mais que sai de você, e o transforma é, digamos assim, um killer muito forte. Você deseja constantemente destruir alguém. Vamos dar nomes e situações: Chega à sala de aula preparada mentalmente para o que vier, então ela entra na sala e tudo começa bem. Damos a opção de suportar vícios lingüísticos, pessoas tenebrosas, conteúdos inaceitáveis, vozes maldosas e uma outra grande cadeia de coisas que só lhe anseiam. Então você começa a se auto martirizar por estar La dentro, com frases do gênero: porque eu acordei às sete da manhã para vir para cá, ou então, Caramba, será que ela não sabe que não esta tendo nexo tudo isso. Ou melhor, do que isso, você pensa: JÁ POSSO IR EMBORA? – e ainda são apenas oito e quarenta da manhã. Você tem mais uma hora até o intervalo e sentir quinze minutos de liberdade e frescor. Nessa uma hora que parece nunca acabar, começa então os pensamentos mais mirabolantes, vamos citá-los:


- Pode-se começar por: Poderia dar um tiro na cabeça dela. Mas temos um colega que carrega uns fios para computador (não queira saber por quê!), então há também a possibilidade de usar os cabos para enforcá-la (isso é uma ótima opção).


- O segundo estágio é quando desejamos usar gases, fechar a sala como na Segunda Guerra, e fatores mais ou menos parecidos com esses. Nesse estágio já estamos pela terceira semana de aula, e aturar tudo isso é muita força. Precisa-se ter muita paciência nessas horas.


- O terceiro e último estágio é quando já começamos a pensar em algo grandioso, nisso lembramos mais ou menos da Inquisição(Inquisição, Tribunal da Inquisição ou Santa Inquisição (dentre outros nomes) foi um tribunal cristão utilizado para averiguarheresia, feitiçaria, bigamia, sodomia e apostasia. O culpado era muitas vezes acusado por causar uma "crise da fé", pestes, terremotos, doenças e miséria social, o acusado era entregue às autoridades do Estado, que o puniriam, as penas variam desde confisco de bens, perda de liberdade, até a pena de morte (muitas vezes na fogueira, método que se tornou famoso, embora existissem outras formas de aplicar a pena de morte). Com isso, ressaltamos o desejo de montar uma imensa fogueira no meio do pátio da Unisinos e colocar a Queridíssima professora nela, com roupa para queimar e ficar grudada na pele. Mas a gente sente muita pena das pessoas que forem ver isso.


Com tudo isso, todo esse espirito maligno sobre a professora, sexta-feira passada ela foi mutio bem tratada (não pela gente, estamos procurando o voluntário que fez isso para condecorá-lo como membro honorário da nossa turma como herói.), e ela estava ótima além de quase todos participarem na aula, ela se prontificou a ajudar e trabalhar com os alunos. Mas o objetivo do texto era mesmo mostrar que somos guerreiros e aguentamos firmes e juntos as aulas das sextas, mesmo com todo o pensamento inadequado para menores de dezoito anos (dezessete, tenho colegas com 17), e também para mostrar que somos mais ou menos seriais killers (medo!).


Dove nunca pensei que diria isso, mas: HOJE EU QUERIA QUE VOCÊ FOSSE A PROFESSORA DA QUINTA, SÓ PORQUE A DE QUINTA NÃO É DIVERTIDA COMO A SUA AULA! – mas esse pensamento não passou de dois minutos (Pena)!
O video do Joseph Climber só pela curiosidade: http://www.youtube.com/watch?v=h5DjjZipafA&feature=player_embedded

quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Ana Revolts com a aula de inglês parte total!

P.S.: Eu sou a loirinha tá?! (só para ninguém ter dúvida ¬¬)


Bom gente, eu estava falando de Saussure, de aulas de lingüística, e todas essas vertentes do curso de letras. Porém, sempre existe algo nesse mundo que faça o dia ficar completamente estranho, ainda mais depois de meses sendo extremamente agradáveis, mas tudo muda.



Onde eu quero chegar? Nas aulas simples de inglês I. Muito simples, básico, fácil, ainda mais que você já viu e reviu isso trocentas vezes, e já nem tem mais tanto sentido assim. Você tem uma professora, que já sabe como você trabalha, já sabe tudo o que você faz. Conhece bem o seu nível de inglês, exige, é divertida, compreende quando falta algo, tem os seus ataques de nervos, todavia nunca de exagero extremado. Na bem da realidade, você nunca prestou bem atenção na aula, porque, simplesmente aquilo já esta difundido na sua cabeça de modo que, não precisa mais disso, já sei por completo. Então, tudo esta muito tranqüilo, muito sereno. Fizestes a prova de meio semestre, fostes muito bem, sem problemas, esta garantida. Até que... Óbvio, alguém para perturbar minha vida. Achou que era pueril assim? Que eu ia ir bem o semestre todo, e ninguém ia me atormentar (tirando a Rove que me tira a paciência total, e uma substituta da aula de quinta (aliás, ela é um sarro, nunca ri tanto de alguém como ri dela.)). Era muito certo que algo deveria estar fora de controle para tudo ocorrer muito bem.


Você chega à aula para apresentar um projeto de trabalho, a qual não há vontade no corpo para fazer nada, muito menos para falar sobre o trabalho para a turma. E foi exatamente nesse dia que me apareceu MAIS UMA SUBSTITUTA. Certamente que após a apresentação do trabalho eu fui embora e nem vi a apresentação da professora nova. A sala do soninho (meu refugio pós prova, pós intervalo, pós cansaço, pós muito estudo, pós qualquer coisa que esteja relacionado à aula que eu não vou assistir. Então, eu assisto o primeiro período e me vou embora depois, para que assistir essas coisinhas, sei lá, existe tanta coisa melhor para fazer nesse horário em plena quarta-feira. Convenhamos, conversar as 10 da manhã no solzinho, na grama, pentelhando, é muito melhor do que ficar na aula de inglês vendo verbos irregulares e passado, presente e futuro.


Chego hoje na aula da professora que substitui a de inglês, e ontem mesmo eu havia comentado com a Daya: tomara que aquela COISA não vá dar aula hoje, tomara que a Teacher de inglês mesmo já tenha voltado. Então quando eu colo meus pés na porta da sala. CHOCADA! ABISMADA! Aquela infelicidade efusiva na sala. Sento-me tranquilamente e ela pergunta em alto e bom tom: Você vai ficar na sala hoje depois do intervalo Ana? – na maior cada de integridade física e psicológica, para não sair com uma cara de sem vergonha na frente de todos, respondo: Pois é professora, sabe a ultima aula eu sai mais cedo por causa do aniversário do Robson (e é verdade! – descrito até no blog! – Aliás, agradecimento ao Rob que me deu o DVD do Paul McCartney In Red Square), e na outra aula, antes dessa, eu nem lembro muito bem o que eu estava fazendo. Mas sabe professora, não to me sentindo muito bem, se eu tiver que sair, a senhora já sabe (puríssima verdade!). Comentário pertinente número 1: Qual é a dela de ainda estar dando aula no lugar da Teacher boazinha, que não me incomoda? Comentário pertinente número 2: Porque ela precisa saber se eu vou voltar? Eu estou num curso superior, eu faço o que eu bem entender, sou maior de idade. Comentário pertinente número 3: PORQUE ELA FICA OLHANDO SOMENTE PRA MIM E FAZENDO ESSE TIPO DE PERGUNTA SOMENTE PRA MIM? – esta certo que eu não aparecia na aula depois do intervalo, três dias seguidos, mas isso não é da conta dela. (Ana total revolts).


Além disso, ela fica com uma SUPERIORIDADE pra cima dela, com uma auto-estima do caramba, e fazendo piadinhas infames para tentar animar o pessoal, e às vezes, eu fico rindo só para não perder a professora – se bem que, eu desejo perder essa substituta. E ela exclama: LOOK AT MEY BEAUTIFUL GREEN EYES – E faz cara assustadora com olhos arregalados, que me deixa com vontade de nunca mais ver aquilo na minha frente, e eu rezo depois dessa cena para agradecer de estar viva ainda. Existem coisas nessas aulas que deveriam de ser proibidas, como por exemplo, a professora ir para congresso, viagens e etc. A mais pura verdade? HOJE EU DESEJEI ESTAR NA AULA DA ROVE! – Mentira, isso foi algo muito remoto na minha vida que só durou 2 minutos. (porque é impossível pensar mais de dois minutos nessa possibilidade suicida.).


O que eu quero dizer com tudo isso? Que eu quero a professora de inglês boazinha de novo! Eu cansei dessa substituta que me incomoda e pega no meu pé. Ela pensa que eu sou saco de pancadaria dela, só porque ela é maior do que umas três eu! E porque eu não volto pra aula (mais isso não é motivo concreto, mesmo eu estando na aula eu não estou! (complicado isso hein)). Fiquei revolts total com ela hoje, e voltei depois do intervalo pra aula só para ela ver que quando eu quero, eu me esforço, menos pra aula dela. Enfim povo (ou pessoa que lê isso – nunca se sabe né) deixo a minha indignação com a Teacher boazinha que não sabe nem escolher direito uma substituta.

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Sausse, Saussure, Fernando Casimiro Albertino (safado, sacana)




Bom, post passado eu falei sobre um tal de Saussure, a qual eu iria contar mais tarde, e lá vai a história.



Bom para começo de tudo, Saussure segundo a professora Dove era francês, mas depois de estudar a vida (muito interessante de Saussure) descobrimos que ele é suíço. Sim, pasmem a professora nos enganou a metade do semestre inteiro (vaca, literalmente). Saussure foi um lingüista, e sem sacanagem, ele estudou as línguas, a variação lingüística, e todas as bobagens que ele pode inventar. Criou teorias e mais teorias, porém antes disso, o mestre Sausse, foi um menino muito levado.


Fernando Casimiro Albertino Saussure nasceu em 1504, no condado de (não queiram saber o nome), onde havia mulheres lindas, loiras, com olhos azuis, cinturas torneadas. Usavam saias não tão longas, mas também não tão curtas, com camisas de manga princesa e aventais na cintura. Com meias-calças brancas e sapatinhos pretos. Os meninos da rua onde Saussure (Chomsky, wittgenstein, Weins...)brincar, se divertiam a beça, mas quando as meninas passavam, eles paravam imediatamente e colocavam uma face mais de homem, para que elas os olhassem. Sausse, muito safadinho como era, já pentelhava pela rua desde seus cinco anos. Por volta de 1512, Saussure já se mostravam mais homenzinho, porém seu lado errôneo e brincalhão (diga-se de passagem, para mim ele era um pouco mais sacana), adorava levantar as saias das meninas.


Quando completou seus dezesseis anos, se destacava brilhantemente nas aulas de gramática tradicional, e seus textos chocavam os professores. Por isso, seus colegas tinham uma certa aversão de estar com Ferdinand, pois seus dotes aparentavam meio homossexuais. Graduou-se no cientifico e diretamente ingressou no curso de letras (não sei como se chamava letras antigamente). Entrou na universidade (what? Que moderno!) e se vi igual perante todos, pois todos tinham uma certa pinta de gay lá. Nas noites, Saussure trocava as festas, baladas universitárias e meninas safadinhas, para ficar em seu quarto estudando (o que aumentava as indicativas de sua mudança de sexo). Começou a entender sobre lingüística, onde baseava-se que era um ramo da ciência mais geral dos signos (aries, libra, touro, capricornio...), que ele propôs fosse chamada de Semiologia (estudo do sem... Deixa quieto!).


Com o estudo do estruturalismo, os colegas de Saussure, que achava se encaixar com os pareceres alheios, viu-se totalmente enganado, principalmente com o surgimento das quatro dicotomias. Até Sandra, uma menina que se interessava descaradamente por ele, notou uma certa muadnça em seu lado masculino, que ficava cada vez mais feminino. Então Sandrinha, dizia que Saussure estudava e criava teorias para nao pensar na sua mudança de gosto masculino. Seguindo na linha dos estudos, o que nao interessa as dicotomias, Sausse já formado, dava aulas de linguistica. Nessas aulas, ele se aproveitava das dissertações de seus alunos, e aproveitava-se também dos alunos (sim, ele já havia assumido a sua homossexualidade por completo, porém não andava com roupas coladas e de grifes.).


Morreu prematuramente em 1573. Após sua morte, seus alunos buscaram o arquivo de notas do mestre no intuito de publicar um livro que apresentasse a doutrina exposta em seus cursos e que abria novos horizontes para a linguística (e para a liberdade gay no mundo (sim, desde mais cedo do que se imagina, o mundo já lutava por essa causa)). Contudo, as buscas foram frustradas e nenhuma nota foi encontrada. Assim, liderados por Charles Bally (aluno aproveitado) e Albert Sechehaye (aluno aproveitado e apaixonado por Saussure), resolveram compilar e comparar as notas dos alunos feitas durante as aulas. Esse trabalho culminou na obra Curso de Lingüística Geral (Cours de Linguistique Générale), publicada em 1585, ainda hoje leitura obrigatória para todos os estudantes e pesquisadores de linguística.




E assim foi a vida de Sausse, Saussure, seja lá como deseja chamar esse senhor, que nasceu levado, viveu como um mestre casaca virada, e morreu como um professor que usava os alunos e não conseguiu publicar muita coisa (tenho pena de você Saussure). Uma vida cheia de altos e baixos, de drama, algumas alegrias. Sua morte muito repentina comoveu o mundo e agora, consagrado, Saussure é o senhor dos senhores, o rei dos reis (mas não passa o Michael Jackson). Ferdinand Saussure agora é o Senhor da Lingüística nos cursos de Lingüística (ridículo isso), eternizando-se como um estudioso e importante professor para a lingüística do século XX e de sempre.

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Um texto sem pé nem cabeça.




Frágil – você tem tanta vontade de chorar, tanta vontade de ir embora. Para que o protejam, para que sintam falta. Tanta vontade de viajar para bem longe, romper todos os laços, sem deixar endereço. Um dia mandará um cartão-postal de algum lugar improvável. Bali, Madagascar, Sumatra. Escreverá: penso em você. Deve ser bonito, mesmo melancólico, alguém que se foi pensar em você num lugar improvável como esse. Você se comove com o que não acontece, você sente frio e medo. Parado atrás da vidraça, olhando a chuva que, aos poucos começa a passar.


Como não se sabe mais o que escrever, nada mais poético, nada mais aqui dentro pra sair, porque não há mais nada aqui, já arrecadaram tanto de mim que acabou secando o que, talvez, era a minha fonte de criatividade.


Hoje teve aniversário do Robson no campus 6. Vamos começar no começo, quem é Robson? Quando se pergunta quem é Robson, se questiona também a existência da Bruna e da Dayany. Essas criaturas obviamente saíram de algum lugar, e especialmente, do lugar que nesse momento eu jamais quero deixar. Conheci-os na Unisinos, no curso de letras, que inesperadamente fiquei amiga das duas já no primeiro dia de aula. De longe, são duas pequenas meninas, a meu ver crianças porque dão um pouco mais que na minha cintura em relação a suas alturas. Mesmo assim, já disseram que eram minhas filhas, e pelas nossas idades, eu diria que, não me importo nem um pouco de ser a mais velha e de ser “mãe” de vocês. Essas pessoas amáveis que diretamente e indiretamente entraram na minha vida como algo divino e modificaram muitas coisas que eu tinha dentro de mim, tanto na forma de pensar como de agir. Na forma de falar, na forma de como ficar mais tímida, na forma de tentar encontrar o que eu quero, mesmo não sabendo nada sobre o que eu desejo ser. Aliás, qual de nós três desejamos realmente letras?


Nessa delongada história contada por mim, entra um ser, meio weild (hã), meio fora de si, meio gesticulador, meio out. Um indivíduo que gosta de coisas japonesas, meninas de olhos puxados (a gente sabe que vocês vão ficar juntos no final da faculdade), que trabalha num Call Center (amo isso) e tem uma cabeça redonda e um cabelo estranho. Robson veio do nada falar com a gente, e como somos muito interessantes (pessoa humilde) ele resolver não largar mais da nossa mão. E ele é o único menininho do grupo. As pessoas devem pensar que o Robson é O CARA, porque ele anda com três meninas que sempre o paparicam (e com certeza não vai ter três meninas na filosofia para te paparicar tanto assim). Sendo assim, resolvemos fazer uma micro (e pequena mesmo, porque só tinham 3 convidadas, certamente que éramos nós três que tínhamos organizado a festa, mas tudo bem, o que vale é a intenção) festinha de aniversário pro Saussure (outra longa história). E foi muito engraçadinho, porque ele parou e ficou olhando a gente cantar parabéns com a maior cara de (ahn?! What a hell is that?) e depois ficou pulando, e a gente pulando nele. Robson contou sua frustrada festa surpresa (claro que a nossa foi a melhor).


Nessas horas que eu paro e digo para mim mesma, eu não quero sair da Unisinos, se eu pudesse, faria a nossa casa Robson lá na Unisinos, poderíamos nadar com o patos do lago da biblioteca e nadar, e teríamos vários restaurantes em casa. Eu tenho uma saudade de voltar para a aula só para falar e rir com vocês (e seria por outro motivo?). Se eu pudesse ficaria o dia todo lá, só para gastar meu tempo ao lado de vocês (podem se sentir especiais). Desejo tudo de interessante, gostoso e digno para vocês, para nós.



Vocês já são o orgulho da mamãe.

terça-feira, 13 de outubro de 2009

In my bed!





Eu sou a chuva, o frio, à noite, as estrelas, e tudo o que lhe faltar durante os dias. Tenho sido os passos que vagam por essas ruas sem rumo. Tenho sido a paciência que o tempo jamais dá uma ajuda. Tenho sido o anseio para a cura de um coração já morto, que o mesmo tempo delonga essa dor. Tenho sido a dor de estar cada dia mais velha. Tenho sido a frustração de não saber o que fazer nessas tardes frias, e nas noites quentes, e nos tempos de confusão mental. Tenho sido a amargura dos tempos antigos, o consolo do presente e a esperança de um futuro próximo. Eu sou a voz que sussurra na noite, o calor dos abraços, o salgado da lágrima, a unha que arranha. Tenho sido o atormentar de uma alma sedenta. Tenho sido o desabrochar de um sonho. Tenho sido a evolução de uma mente. Tenho sido o dedilhar de uma nota só. Tenho sido o sol que vai embora. Tenho sido o suor da aflição. Tenho sido o latejar de uma ferida. Eu sou o barulho das folhas caindo, o arrancar do carro, a barreira móvel e insolente.


Eu sinto uma tristeza profunda, um chamar na esperança fictícia, uma platônica paixão fervorosa. Eu sinto uma felicidade, mas não é a felicidade de sorri, e a felicidade de tapar a tristeza. Eu sinto essa tampa saindo devagar e deixando os vultos negros saírem. Eu sinto uma dor no peito, uma comichão nas costas, e um pesar na cabeça. Eu sinto um latejar da alma, um impulso para melhorar, um dia mais tranqüilo. Eu sinto o corpo cansar, o corpo pedir socorro. Eu sinto o coração morrendo, sangrando, ardendo. Eu sinto o ar nos pulmões. Eu sinto o ar sendo puxado cada vez mais forte. Eu sinto os braços pesados, e encostando-se ao sofá. Eu sinto as pernas longas, onde não há mais lugar para elas. Sinto-me longe, desproporcional, desajeitada. Talvez eu sinta, e sentindo me sento para não sentir mais tanto. Perco-me nessas sensações e sentimentos. Nessas fricções, nessas voltas e em volta do próprio andar.


O que eu desejo é a claridade do amanhecer nos olhos. Desejo roupas macias. Desejo dias com mais sol, um ventinho gostoso, e uma noite que congele. Desejo mais abraços, mais beijos, mais aflições de amores chegando. Desejo uma cama fofa, um copo de água gelada, um travesseiro aconchegante. Desejo pessoas mais calmas, com mais almas. Desejo dias mais estupendos. Desejo seres mais humanos, amores mais insanos, e carinhos mais reais. Desejo mais verdade nas palavras, mais sentimento nos ouvidos. Desejo mais corações vorazes e reais. Desejo os teus braços, os olhares, os dedos. Desejo mais brilhos nos olhos.


Eu sou a estrela da noite, o gritar da ventania, o carecer da chuva no sertão, o excesso de sol no verão, e a dor de uma mãe sem filhos. Eu sou a força das paredes de pedra, a frieza da água gelada, a falta de piedade dos brutos, e a meiguice das crianças. Eu sou o silenciar de uma noite de sono, o gozar do enrolar de pés, o chorar da noiva sem par. Eu sou o pó que imunda a mesa, a demora de quem espera, a distração de quem ama. Eu sou o que gruda na pele, o que amassa de forma delicada. Eu sou os dias, as noites, as tardes ensolaradas, e as chuvas tempestivas. Sou o que o momento me deixa ser e o que as pessoas fazem comigo e de mim, na surpresa e no avassalar de um tempo.

domingo, 11 de outubro de 2009

Love, love me do!




Pode invadir ou chegar com delicadeza, mas não tão devagar que me faça dormir.

Não grite comigo, tenho o péssimo hábito de revidar.

Acordo pela manhã com ótimo humor mas ...

Permita que eu escove os dentes primeiro.

Toque muito em mim, principalmente nos cabelos e minta sobre minha nocauteante beleza.

Tenho vida própria, me faça sentir saudades, conte algumas coisas que me façam rir, mas não conte piadas e nem seja preconceituoso, não perca tempo, cultivando este tipo de herança de seus pais.

Viaje antes de me conhecer, sofra antes de mim para reconhecer-me um porto, um albergue da juventude.

Eu saio em conta, você não gastará muito comigo.

Acredite nas verdades que digo e também nas mentiras, elas serão raras e sempre por uma boa causa.

Respeite meu choro, me deixe sózinha, só volte quando eu chamar e, não me obedeça sempre que eu também gosto de ser contrariada. ( Então fique comigo quando eu chorar, combinado?).

Seja mais forte que eu e menos altruísta!

Não se vista tão bem... Gosto de camisa para fora da calça, gosto de braços, gosto de pernas e muito de pescoço.

Reverenciarei tudo em você que estiver a meu gosto: boca, cabelos, os pelos do peito e um joelho esfolado, você tem que se esfolar as vezes, mesmo na sua idade.

Leia, escolha seus próprios livros, releia-os.

Odeie a vida doméstica e os agitos noturnos.

Seja um pouco caseiro e um pouco da vida, não de boate que isto é coisa de gente triste.

Não seja escravo da televisão, nem xiita contra.

Nem escravo meu, nem filho meu, nem meu pai.

Escolha um papel para você que ainda não tenha sido preenchido e o invente muitas vezes.

Me enlouqueça uma vez por mês mas, me faça uma louca boa, uma louca que ache graça em tudo que rime com louca: loba, boba, rouca, boca ...

Goste de música e de sexo.

Goste de um esporte não muito banal.

Não invente de querer muitos filhos, me carregar pra a missa, apresentar sua familia... Isso a gente vê depois ... Se calhar ...

Deixa eu dirigir o seu carro, que você adora.

Quero ver você nervoso, inquieto, olhe para outras mulheres, tenha amigos e digam muitas bobagens juntos.

Não me conte seus segredos ...

Me faça massagem nas costas.

Não fume, beba, chore, eleja algumas contravenções.

Me rapte! Se nada disso funcionar ...

Experimente me amar!

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

(Não) Era amor!




Você um dia ainda vai compreender o quanto era diferente a tua pessoa para o meu semblante...



... Antes eu não te admirava, não era fiel a qualquer palavra que saia da sua boca. Para mim, elas eram as mais introspectivas e desinteressantes. Aliás, nunca passaram disso. Não era a falta de senso de humor. Não era a, talvez, falta de carinho. Não era nem a falta de certas horas ficar distante. Muito menos qualquer coisa que tinha em seu mais íntimo e pessoal. Para mim, nunca foi à falta, muito menos o excesso. O seu pecado cometido foi transformar-me na mais ridícula humana procurando agulhas em palheiros. Sair às pressas atrás da sua própria sombra, e por entre os carros tentar descobrir o seu. Foi tentar analisar o que não podemos sair às escuras tentando enxergar. Nos meus momentos mais calmos, eu era o individuo mais pé no chão, mais realista, mais vivo. Isso não me machucava, não me deixava surtar drasticamente. Eu em meus dezenove anos vividos, talvez entre os dezoito e dezenove, eu tenha sido realista demasiadamente, coisa que nunca fui. Não sei se isso é bom, ser realista demais as vezes seja um pouco péssimo para uma sobrevivência solitária.


Eu nunca quis ser o suficiente em “não ser eu mesma”, ou em outras palavras, esconder-me por medo de não ter-te. Eu não tinha o medo de te perder, porque nunca foi objetivo meu ter você me envolvendo. Aliás, fazia tempo que não tinha objetivos passionais. Por algumas horas, foi bom passar um tempo sem objetivos relacionados ao coração. Pelo simples motivo de que, quando se tem uma meta do coração, você, quando acaba a situação, chora, grita e não tem mais o desejo de amar novamente. Essas coisas relacionadas ao coração sempre são catastróficas quando elas se partem e se vão.


Foi aos poucos, tendo-te, e querendo-me que eu sustentei o que “contive”, e mesmo de inicio não querendo, acabei cedendo. Mesmo sem ter as palavras que eu gostaria de ouvir. Sem ter os momentos em que quis me imaginar. Sem estar nos dias em que gostaria. Você ficou presente, e de presente me teve. E de presente, muito bem embalado, meu coração se mexeu como uma bala de canhão. Mas ele se contem quase sempre, quero dizer, eu o contenho. Ele ama desesperado, bate como louco a porta em dia de chuva. Chora como criança recém-nascida. Ele é fora de si quando vê quem quer, e quando não vê quem quer ele voa para procurar o indivíduo. Você foi desembalando vagarosamente o meu embrulho, e com o nada que você tem, você fez tudo o que poderia fazer comigo. Fez com que eu perdesse minha cabeça, meu coração. Minhas pernas tremiam, meus olhos baixavam com o medo de ver-te. Talvez minha voz mudasse para que eu ficasse mais carinhosa com a sua pessoa. Mas você, você nunca teve nada que me atraísse. E por mais que nada estivesse nesse seu corpo, no meu tom de pele, o vermelho era destaque ao ver-te.


Aos tempos em que eu me via mais livre e mais pensante, me sentia melhor. Você entrou como erva daninha dentro do meu coração. Onde de inicio pensamos que é flor, quando vai crescendo passa a ser erva e no final destrói a grama e flores ao seu redor. Você foi semeando em meu coração sementes de consideração e amizade. Enchi-me de respeito pela tua pessoa e isso, a meu ver, é muito mais importante do que um mero amor. Não levo amor como algo para sempre ou então como algo inabalável. Para mim o respeito que um sente pelo outro é válido como prova, como algema para uma vida. Prender-se, ou desejar prender-se na vida e alguém é dramático. Porém, mais dramático do que isso, é plantar amor nos corações de quem você, já não deseja amar, ou então amou, prometeu e largou.


Não te pedi nada. Não prometi. Não vulgarizei. Não fui nada além do esperado, talvez até tenha sido um pouco abaixo dessa faixa. Mas jamais disse algo que não passava das minhas verdades. De outra maneira, minhas verdades sempre me sobressaem sobre tudo na minha vida. Minha maior verdade foi que te amei constantemente no meu mais fundo sentido vital. Eu te amei tanto, que não reconheci isso de início. Amei-te tanto que tentei não te amar, por mais que isso fosse bobo. E você me jogou de lado, atirou para o mais invisível canto do teu coração. Esqueceu-me, e me tratou como trouxa. Eu apenas queria te dar um significado maior de paz, de amor. Dar-te-ia um pouco de felicidade quem sabe, ou então meros minutos de risos. Todavia, o que eu tinha não passava de coisas simples e tuas. Reservadas para ti. As quais, tu não viste, e não deixou eu tentar mostrá-las. Eu te amaria mais se não fosse pesado agüentar isso. Eu te daria mais dias ensolarados se não fosse tão distante de mim. Eu lhe proporcionaria mais sentido nos dias se não fosse tão enganador e ridículo comigo. Eu lhe queria, pois agora, não quero nem saber seu nome.