quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

A A A A A A A ngústia



Chamamos de angústia a sensação psicológica, caracterizada por "abafamento", insegurança, falta de humor, ressentimento, dor e ferida na alma. Na moderna psiquiatria é considerada uma doença que pode produzir problemas psicossomáticos. A angústia é também uma emoção que precede algo (um acontecimento,uma ocasião, circunstância), também pode-se chegar a angústia através de lembranças traumaticas que dilaceraram ou fragmentaram o ego. Angústia quando a integridade psíquica está ameaçada, também costuma-se haver angústia em estados paranóicos onde a percepção é redobrada e em casos de ansiedade persecutória. A angústia exerce função crucial na simbolização de perigos reais (situação, circunstância) e imaginários (consequencias temidas).



Angústia


do Lat. angustia


s. f.,
estreiteza;
aperto;
limitação de espaço;
opressão;
aflição;
desgosto;
tribulação;
agonia.


quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

Andando por aí algum tipo de palhaço solitário



Essa solidão, que tanto consideram como mal do século. Nem é nada. Concordo que em certos tempos em que você apenas vê casais inteiramente apaixonados, presos pelos pés com um amor ao lado, que diz-se durar eternamente. É quase que nulo não pensar que estar sozinha é uma briga entre você e somente com você, seja por descuido, ou falta de atenção com o exterior, ou então as suas manias que, por enquanto, não atraem ninguém, ou você pensa que não atraem. Mas sabe, solidão não é algo extremamente ruim, é um momento em que tem-se o prazer imenso de auto conhecer-se , e isso é algo totalmente seu e você não terá opiniões alheias, erradas ou não, concretas ou não. Será você com você mesmo.


Há quem diga que solidão é quase que um estado de saudade, onde solidão é alguém que se sente só, com a falta de alguém ou de algum sentimento. Onde saudade é a distância e amor. Onde a falta do amor e o inicio da distância matam o ser humano. Vão quebrando o coração e o psico. Nada muito diferente da solidão mesmo, onde um vazio sobrecarrega e vai perfurando tudo, sem medo de matar. Assim como algo que te remete a infância, a solidão do tempo que jamais voltara a reinar, nostalgia solitária.


Também dizem da solidão estar relacionada ao medo. Ao medo de estar só, de não encontrar alguém que possa fazê-lo reerguer-se em meio a tempestade, como ressaca do mar, que vem se alastrando e arrastando o que tem pela frente sem pensar muito. Em ficar só... Nos desenvolvemos sozinho dentro do útero, nascemos sozinho, vivemos um bom tempo sozinhos, trabalhamos praticamente sozinho (obviamente dependendo da profissão, na minha, muito mais do que sozinho), e quando menos vemos morremos... Sozinhos, ficamos dentro de uma caixa quase dois por dois, sozinhos no meio a escuridão. E ainda persistimos em termos medo e ligarmos, mas tudo bem, conforme o pensamento de cada um, descobrimos coisas grandiosas.


Por outro lado, ainda tento confirmar que, estar só, você e você, é a melhor maneira de começar a entender o que é a sua necessidade e o que mais chama a atenção, proporcionando o que você manifesta. É fundamental sentirmos essa solidão para que possamos refletir e ajustar padrões viciados de conduta e comportamento. Fugir da solidão constantemente significa abafar essa oportunidade de crescimento interior. Infelizmente isso ocorre devido à insegurança, e temor de que a solidão se torne uma constante na vida da pessoa, achando que não terá forças para sair desse quadro devido a um forte complexo de inferioridade pessoal. A solidão está intrinsecamente relacionada com o passado, pois todo ser humano em estado de solidão pensa no mesmo, seja em termos de arrependimento, prazer pretérito perdido, mágoa, raiva, ódio, angústia, saudades, etc. Mas é justamente nesse ponto que reside um fator central, pois o temor à solidão passa a ser o medo da memória, de nossa história pessoal, da avaliação ou prova sobre o grau de prazer e felicidade do eu.


‘...Que minha solidão me sirva de companhia. Que eu tenha a coragem de me enfrentar. Que eu saiba ficar com o nada e mesmo assim me sentir como se estivesse plena de tudo. - Clarice Lispector’.


terça-feira, 20 de janeiro de 2009

(Long) and (HAPPY) New Year's Day



Pensando em impulsos, tanto nervosos quanto impulsos criativos, impulsos de não saber se realmente quer ou não, mas são impulsos indevidos e devidos, de bom proveito, porque no final de tudo, sempre deve haver ou então, há algum proveito disso. Esses novos anos, essas vidas que dizem mudar na virada do ano. Sei que já esta tarde para falar sobre ano novo. Mas esse ano, nessa virada, de 2008 para 2009, além de notar que farei mais um ano de vida, já ficando maior do maior de idade, não fiz nenhuma promessa, oferenda ou qualquer coisa do gênero que normalmente se faz e repete a cada passagem de ano. Iemanjá não precisa de flores como o meu amor. Porém, os dois, as duas (meu coração (amor) e Iemanjá estão mortos).

Depois de ficar anos tentando, proferindo promessas, tentando a todo o santo custo cumpri-las, já me dei por conta que não é necessário mais ficar pensando e desgastando a mente em busca de promessas e desejos diferentes, para, somente na virada do ano, mentalizá-las, e no outro dia, não lembrar de nada, por conta da bebida, de afogar as magoas, ou então de apenas esquecer para não cumprir. Fogo mesmo, seria se lembrássemos e não conseguíssemos cumprir. Aliás, quando fazemos o balanço no final do ano e puxamos aquela listinha de deveres e promessas, e constatamos que a metade do que gostaríamos de fazer no ano novo, que em dezembro já é velho, tão velho que nem graça tem mais de pensar em fazer algumas daqueles tópicos em menos de um mês, que tudo se esvai.

Para começar, nessa virada, a contagem regressiva e os primeiros segundos de felicitações ao ano novo, foram sem espumante, ou qualquer tipo de álcool, e principalmente, especialmente, sem qualquer constrangimento de falar e repetir ao mundo, não fiz promessas e não agradeci a Iemanjá por nada. Desculpem-me aos amantes dessas tradições e afins disso, mas na minha vida, não mudou nada. aliás, me sinto até mais leve por não ter prometido algumas coisas que com certeza eu não cumpriria e me sentiria com um remorso gigantesco por não ter acreditado o suficiente para fazer e acontecer. Muito menos gastei flores e polui o mar. Comprei flores para alguém ou alguns que realmente fariam e sempre fazem e farão diferença para mim, dei um botão de rosa branca para cada integrante da minha família. Sim eu sei que isso só se faz no ano novo, mas depois de um certo tempo de viva e distância, é bom fazer alguns agrados a quem sempre esta ao seu lado.

E por sinal, logo após deixar a praia, as areias e o mar gelado do Sul do Brasil, diga-se de passagem, foi a primeira vez e uma incrível experiência de passar a virada do ano na praia, tive uma empolgação por não estar bêbada nem comprometida com coisas terríveis e inimagináveis. Consegui caminhar em paz, sem me preocupar com o ano todo, pensando que serão doze meses, de pura aventura anual, onde qualquer coisa poderá acontecer, e se der certo ou não, será aventura igual. Em aventuras anuais já estou farta, eu só gostaria de um pouco de paz mesmo. Então foi realmente proveitoso mudar a rotina de esperar o ano bêbada, segurando-se no ombro de alguém e mentalizando gastos promessas Iemanjá, que na altura de ser meia-noite, nem sabia que ela existia mais. Não sei ao certo se mudança faz passar o ano novo bêbada ou não, preferindo ou não, só saberei ao certo no próximo balanceio de ano, de estar livre de promessas, pensando naquele o que vier é lucro e vida.


(E sim, escrito dia 20 de janeiro, porque todo o dia é novo como o ano novo ( lindo Ana), mas eu havia esquecido de falar sobre ano novo mesmo!)

quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

I la ri la ri la ri ê Ôôô


Existem certas músicas que nos remetem rapidamente para a nossa infância, e isso inclui recordações bizarras sobre vários fatos passados, que estão muito bem vivos em nossas mentes, principalmente os fatos que queremos apagar completamente de si e de todos os pais, tios, primos, irmãos, cães, e qualquer outro individuo que esteve presente e ainda te atormenta sempre quando se reencontram e complementa com o ‘Como você cresceu...’ ou ‘Lembra daquela vez...’. é um carma que vai seguir a vida toda. Pode casar e vai continuar nessa mesma bagunça de infância.

Por exemplo, bem revigorante, quando se é criança, se dança de tudo, os pais acham lindo, apreciam as crianças dançando, felizes, mas seguindo ao pé da letra, se dança na boquinha da garrafa, onde as crianças pensam que é na boquinha da garrafa, já para os mais velhos (diga-se de passagem, acima dos 15 anos atualmente, porque até há algum tempo atrás podia-se dizer acima dos 18 anos). Ver a Xuxa, na sua época não tão plastificada nem repuxada, cantando Ilariê ou Tindolelê, com aquela parte de ‘Todo mundo ta feliz? Tá feliz! Todo mundo quer dançar? Quer dançar!’. Ou então, segurar o Tchan, não era o que a letra dizia, ou quer dizer, porque para os ouvidos das crianças nada é como é ou se diz, sem maldades. Essa inocência é tão bonitinha, ver as crianças dançando e brincando. O que hoje já nem existe mais entre as crianças.

Hoje, ninguém mais faz a velha e famosa dança da cadeira, que durava quase que todas as festinhas de aniversario, as meninas não colocam mais as garrafas de refrigerante (antigamente, e do tempo das garrafas de dois litros de vidro. Já para as pequenas, as garrafinhas de pichulinha) em linha dançando até a boquinha da garrafa. Ou então brincavam de passar o anel por entre as mãos e descobrir com quem esta o anel. Ou então, como tradição aqui no Sul do Brasil, rodar os vestidos de prenda e ver qual ficava mais estendido. Ou qualquer coisa desse tipo, que quando éramos crianças (da ultima geração anos 90, chegando até 96). Meu irmão é de 1996, e nem sabe o que são essas ‘coisas’ de que falo. as crianças de hoje em dia não tem mais o poder de dizer que faziam essas coisas, que brincavam de bola, andavam de carrinho de rolimã com os primos nas lombas, que brincavam de lojinha, usando os próprios brinquedos. Ao invés de gastar horas nos computadores, jogando freneticamente, nem sabendo se é dia ou noite, se esta chovendo ou não.

Falando em chuva, como eram gostosos aqueles banhos de chuva no verão, ou então quando, depois de insistir tanto, a mãe liberava a mangueira para ficar horas banhando-se. Guerrinhas de bexiguenta era quase que certo nos verões. E fazer ‘essências’ com flores secas, misturando com água, e xampu, era ótimo, e faziam as tardes parecerem perfeitas. E agora as tardes gastas na frente de telas, jogando futebol (sem ter que usa os pés, sem correr e sujar a roupa, sem se machucar.) , ficam jogando joguinhos de montar casa e controlar pessoas, enquanto as Barbie’s ainda estão presas nas lojas. Era muito mais divertido inventar as historias e pensar que são reais, ficar trocando e montando penteados e roupas para as bonecas.

Antigamente (no meu tempo, e sem constrangimentos sobre idade, porque de nova eu ainda me encontro nessa fase, mas vivi no século passado pra ver a diferença), as meninas eram amigas dos meninos, andavam juntos sem problemas, hoje se encontramos meninos amigos de meninas, ou são casais, ou são namoradinhos, ou, os pais estão achando bonitinhos e que irão casar depois. Não existe mais amigos, sendo que tão taxados de gays e afins.

É, realmente não existem mais os velhos e longos tempos, de tardes na rua, correndo e saracoteando sem problemas. Talvez essas lembranças também nunca mais serão importantes aos ouvidos dos outros da próxima fase. Mas para nós, de noventa e os de antes de noventa, tudo isso sempre será e vai continuar sendo momentos de peripécias incríveis e momentos insubstituíveis, onde não havia preocupações com a vida e o sexo oposto, muito menos com o próximo minuto. Essa fase de criança é o que mais anima em pensar em viver. E ser criança é bom mesmo...

quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

NINGUÉM MAIS NAMORA AS DEUSAS...MULHERES


[Sem tempo para criatividade total em escrever qualquer coisa para cá!]



Outro dia, a Adriane Galisteu deu uma entrevista dizendo que os homens não querem namorar as mulheres que são símbolos sexuais. É isto mesmo.Quem ousa namorar a Feiticeira ou a Tiazinha?As mulheres não são mais para amar; nem para casar. São para "ver".Que nos prometem elas, com suas formas perfeitas por anabolizantes e silicones?Prometem-nos um prazer impossível, um orgasmo metafísico, para o qual os homens não estão preparados...As mulheres dançam frenéticas na TV, com bundas cada vez mais malhadas, com seios imensos, girando em cima de garrafas, enquanto os pênis-espectadores se sentem apavorados e murchos diante de tanta gostosura.Os machos estão com medo das "mulheres-liquidificador".O modelo da mulher de hoje, que nossas filhas ou irmãs almejam ser (meu Deus!), é a prostituta transcendental, a mulher-robô, a "Valentina", a "Barbarela", a máquina-de-prazer sem alma, turbinas de amor com um hiperatômico tesão.Que parceiros estão sendo criados para estas pós-mulheres? Não os há.Os "malhados", os "turbinados" geralmente são bofes-gay, filhos do mesmo narcisismo de mercado que as criou.Ou, então, reprodutores como o Zafir, para o Robô-Xuxa.A atual "revolução da vulgaridade", regada a pagode, parece "libertar" as mulheres.Ilusão à toa.A "libertação da mulher" numa sociedade escravista como a nossa deu nisso: Superobjetos. Se achando livres, mas aprisionadas numa exterioridade corporal que apenas esconde pobres meninas famintas de amor, carinho e dinheiro.São escravas aparentemente alforriadas numa grande senzala sem grades.Mas, diante delas, o homem normal tem medo.Elas são "areia demais para qualquer caminhãozinho".Por outro lado, o sistema que as criou enfraquece os homens.Eles vivem nervosos e fragilizados com seus pintinhos trêmulos, decadentes, a meia-bomba, ejaculando precocemente, puxando sacos, lambendo botas, engolindo sapos, sem o antigo charme "jamesbondiano" dos anos 60.Não há mais o grande "conquistador".Temos apenas os "fazendeiros de bundas" como o Huck, enquanto a maioria virou uma multidão de voyeur, babando por deusas impossíveis.Ah, que saudades dos tempos das bundinhas e peitinhos "normais" e "disponíveis"...Pois bem, com certeza a televisão tem criado "sonhos de consumo" descritos tão bem pela língua ferrenha do Jabor (eu).Mas ainda existem mulheres de verdade.Mulheres que sabem se valorizar e valorizar o que tem "dentro de casa", o seu trabalho.E, acima de tudo, mulheres com quem se possa discutir um gosto pela música, pela cultura, pela família, sem medo de parecer um "chato" ou um "cara metido a intelectual".Mulheres que sabem valorizar uma simples atitude, rara nos homens de hoje, como abrir a porta do carro para elas.Mulheres que adoram receber cartas, bilhetinhos (ou e-mails) românticos!!Escutar no som do carro, aquela fitinha velha dos Beegees ou um cd do Kenny G (parece meio breguinha)...mas é tão boooom namorar escutando estas musiquinhas tranquilas!!!Penso que hoje, num encontro de um "Turbinado" com uma "Saradona" o papo deve ser do tipo:-"meu"... o meu professor falou que posso disputar o Iron Man que vou ganhar fácil!."-"Ah "meu"..o meu personal Trainner disse que estou com os glúteos bem em forma e que nunca vou precisar de plástica". E a música???Só se for o "último sucesso (????)" dos Travessos ou "Chama-chuva..." e o "Vai serginho"???...Mulheres do meu Brasil Varonil!!! Não deixem que criem estereótipos!!Não comprem o cinto de modelar da Feiticeira. A mulher brasileira é linda por natureza!!Curta seu corpo de acordo com sua idade, silicone é coisa de americana que não possui a felicidade de ter um corpo esculpido por Deus e bonito por natureza. E se os seus namorados e maridos pedirem para vocês "malharem" e ficarem iguais à Feiticeira, fiquem... igual a feiticeira dos seriados de Tv:Façam-os sumirem da sua vida!

terça-feira, 13 de janeiro de 2009

Bunda Dura



Tenho horror a mulher perfeitinha.Sabe aquele tipo que faz escova toda manhã, tá sempre na moda e é tão sorridente que parece garota-propaganda de processo de clareamento dentário? E, só pra piorar, tem a bunda dura!? Pois então, mulheres assim são um porre. Pior: são brochantes. Sou louco? Então tá, mas posso provar a minha tese. Quer ver?


a - ESCOVA TODA MANHÃ: A fulana acorda as seis da matina pra deixar o cabelo parecido com o da Patrícia de Sabrit. Perde momentos imprescindíveis de rolamento na cama, encoxamento do namorado, pegação, pra encaixar- se no Padrão "Alisabel é que é legal". Burra.


b - NA MODA: Estilo pessoal, pra ela, é o que aparece nos anúncios da Elle do mês. Você vê-la de shortinho, camiseta surrada e cabelo preso? JAMAIS. O que indica uma coisa: ela não vai querer ficar"desarrumada" nem enquanto tiver transando. É capaz até de fazer pose em busca do melhor ângulo perante o espelho do quarto. Credo.


c - SORRISO INCESSANTE: Ela mora na vila do Smurfs? Tá fazendo treinamento pra Hebe? Sou antipática com orgulho - só sorrio para quem provoca meu sorriso. Não gostou? Problema seu. Isso se chama autenticidade, meu caro. Coisa que, pra perfeitinha, não existe. Aliás ela nem sabe o que a palavra significa, coitada.


d - BUNDA DURA: As muito gostosas são muito chatas. Pra manter aquele corpão, comem alface e tomam isotônico (isso quando não enfiam o dedo na garganta pra se livrar das 2 calorias que ingeriram), portanto não vão acompanhá-lo nos pasteizinhos nem na porção de bolinho de arroz do sabadão.


Bebida dá barriga e ela tem HORROR a qualquer carninha saindo da calça de cintura tão baixa que o cós acaba onde começa a pornografia: nada de tomar um bom vinho com você. Cerveja? Esquece! Melhor convidar o Jorjão.Pois é, ela é um tesão. Mas não curte sexo porque desglamouriza, se veste feito um manequim de vitrine do Iguatemi, acha inadmissível você apalpar a bunda dela em público, nunca toma porre e só sabe contar até quinze, que é até onde chega a seqüência de bíceps e tríceps. Que beleza de mulher. E você reparou naquela bunda? Meu Deus... Legal mesmo é mulher de verdade. E daí se ela tem celulite? O senso de humor compensa. Pode ter uns quilinhos a mais, mas é uma ótima companheira de bebedeira. Pode até ser meio mal educada quando você larga a cueca no meio da sala, mas adora sexo. Porque celulite, gordurinhas e desorganização têm solução (e, às vezes, nem chegam a ser um problema). Mas ainda não criaram um remédio pra futilidade. Nem pra dela, nem pra sua.


Arnaldo Jabor

terça-feira, 6 de janeiro de 2009

Copacabana



"Existem praias tão lindas cheias de luz. Nenhuma tem o encanto que tu possuis. Tuas areias, teu céu tão lindo. Tuas sereias sempre sorrindo. Copacabana princezinha do mar..."


Esses ladrilhos de Copacabana me dão uma nostalgia, me faz bater uma tristeza. Copacabana dos vinhos adstringentes, dos dias inúteis, da saudade. Essa praia que, quando vem a maresia, me atormenta da cabeça aos pés, das minhas loucuras amorosas, minhas frustrações emocionais, meus vícios. Meu vício por chocolate, por dias melhores, por ‘Copa’. não consigo ver esses medos quando aqui me encontro. E eu ainda me encontro aqui, sentado nessa areia, na minha paz transcendental, pensando sobre os meus fatos, que não me afetam mais.


Essa minha vida estranha, eu sempre fazendo essas insanidades do meu coração, já esta se tornando um vício em ciclos, que jamais acabara. Terminou o relacionamento, encontro outra pessoa, e o ciclo amoroso recomeça. Sempre será assim, enquanto eu continuar assim, diante de Copacabana e sozinho aqui, essa parte continuara.


E esse meu vicio por esquecer-te é maior do que qualquer outra coisa numa vida. É como carregar um filho, o peso dessa espera por liberdade dói. Mas eu luto por essa liberdade, e os ladrilhos de Copacabana me fortificam a querer cada vez mais uma coragem grandiosa para me desencilhar dessas correntes que você colocou em mim. Você é meu vício, pronto esta dito e feito. Não há como largar, eu sempre sinto que ainda pertenço a você, mesmo vendo-te longe, saindo, sacaneando qualquer outra pessoa que esteja a sua volta, assim como sacaneou comigo. Mas ainda pertenço a você.


Eu sempre soube que quando escurecia aqui, essa avenida fica com cara de algo sem explicação maiores, onde definições variam, mas as putas de Copacabana fazem o seu show. E o show de qualquer um, menos o meu, porque eu ainda não lhe tenho ao meu lado. E a meu ver, não sei se terei novamente. Sinto a falta de tua palavra, você a trocava tão bem. Era como música para meus ouvidos. Até quando gritava. Eu sinceramente acho que penso demais em você, mas não há como não pensar.


Esse vento me deixa com a esperança na mente, um sentimento de vida no final de tudo. Eu tenho compaixão de mim mesmo, por ainda colocar algum sentimento dentro de mim, tão vazio, tão inóspito. É triste me ver nessa decadência, nessa falta, nesse recesso. Mas vivo ainda estou, uma pena. E me sinto morto cada vez que levanto. E esse vinho que fica o gosto predominando na boca na beira-mar carioca é o meu vício. Meu maior vício ainda é te amar. E te amo como se fosse o ultimo segundo.


segunda-feira, 5 de janeiro de 2009

Saint-Tropez


E se todas as mulheres fossem iguais, almejassem as mesmas coisas, será que seriam todas idênticas? Existiriam homens para todas elas? Existiria mundo para todas elas? Haveria lugar suficiente para viverem para a mesma coisa?


Gostaria de encontrar alguém agora, em algum lugar inesperado, sem precedentes, com chuva para beijos melados de romance. Com a grama encharcada e pés descalços. E mesmo com momentos tão ruins, nada que uma boa apimentada em tudo e deixar ferver por meia hora, retirar a tampa da panela e servir. Romances que vem e vão, mas os bons e que duram, ficam ali guardados por sete chaves e varias trancas. Não deixam sair nem por um fio. Se saírem, é capaz de não voltarem ao seu ponto inicial, ou o ponto onde tudo se encontra. Amores, sempre é ele o culpado de tudo. O culpado de deixar as pessoas ‘abobadas’ com o próprio respirar, de serem felizes em plena tristeza profunda, e de verem coisas onde ate o medo não teria coragem de pisar.


Candente naquela noite, fervorosa como sempre. Em um dourado irresistível. Ardia fogo. A festa já havia começado e ela ainda estava no carro. Ele via e revia aquela cena como se estivesse tendo surtos de beleza em sua frente, e com certeza, ela era a mais linda que ele já havia visto em todo o seu tempo. Parecia criança ‘decorando’ os novos gostos e os sons diferentes. Estava atirado em casa. Com as pernas para cima, imaginando se na próxima vez de trabalho, tudo seria definido. O filme continuava na tela. Sozinho em uma casa, com os seus trinta e cinco anos. Bebia algo que nem eu sei descrever, mas era um líquido com um agradável aroma. Levantou-se e caminhou alguns passos, olhou pela janela e escorria água no vidro. Mente infame, pensava tudo o que não deveria fazer.

Rodeada de coisas inúteis em uma grande lista de afazeres. Jazia esplendor na pele dela, mesmo com tanta ‘futilidade’ de tarefas, podia-se encontrar uma ponta de sexualidade nela. Mesmo com todo o corpo fora do lugar, com toda a bagunça de sua mente e a simplicidade que ela fazia mostrar em si. Era sensualidade esbanjada em poucos traços de mulher. Sentou-se porque não agüentava mais as idas e vindas da infeliz criatura que tentava ajudar. Não era irritação, apenas cansaço de alguém que não queria fazer o que lhe era destinado. Pegou um copo e tomou sem respirar o que serviu. Fechou os olhos e ficou ouvindo o que lhe era dito, ‘escutava’. Estava presente, mas não querendo entender sobre as coisas.

Eles queriam algo a mais para viver, queriam rir do nada, chorar em colos, perde-se em metros e achar no outro dia o seu coração. Cada um com o seu destino, cada um com nada traçado para ficarem juntos. Uma pena que não daria certo. Se sempre os casais bons ficassem juntos, o mundo seria um conto de fadas, mas na realidade isso normalmente é atrapalhado por tempo, dinheiro, amizades e ate inimigos. Queria pelo menos uma vez entender sobre o que tanto os humanos falam sobre o amor. É ridículo ver que enquanto uns se matam para achar alguém que os trate por inteiro, outros jogam fora pensando que é preciso viver sozinho. Ridículo não, apenas relativo em relação a algo tão solto.

‘Saiu para o mundo’, mais uma vez, seriam viagens atrás de viagens. Rotina um pouco estressante quando se quer paz e apenas alguém para estar ao seu lado. Arrumou a mala, arrumou não, apenas ‘jogou’ as roupas naquela ‘caixa’. Homens arrumando malas são como mulheres fazendo a barba. O carro o esperava lá, a espera do vocalista. Ele sempre tinha que estar lá. Entrou carro adentro e foram para o aeroporto, faltava apenas ele. Sentou-se e calou-se, não havia palavras para sair de sua boca, nem gestos para serem cobrados. Ficou mudo diante de tantas coisas que pensava. Pensava em alguém distante, em alguém irreal, alguém da sua imaginação. Ela flutuava sobre as nuvens e escorregava ate seus dedos. Toques suaves, mãos leves. Fechou os olhos e apagou. Ela era linda, e como era, divinas formas.

Subiu para seu quarto, deleitou-se da sacada. Vista para Saint-Tropez. Sol, praia, mar, e um ventinho batendo em suas longas e onduladas madeixas pretas. Pretas como o céu nas noites escuras e frias de inverno. Mas por dentro, bem, por dentro ela era fogo que arde sem de ver. Já dizia Camões sobre essas partes de amor e ardência. Ela era fogo mesmo. Atirou-se em uma cadeira de sol e ficou lá, estaqueada na sacada. Sol queimava a pele dela de leve, uma água brotava de seu corpo, era gostoso de ver ela ali, naquele estado. Roupas brancas deixavam o corpo dela voluptuoso e atrevido. Uma camisa que ia ate o início das pernas. Esplendida ao sol. Praia sempre a ajudava a esquecer tudo o que tinha de bom e o que queria largar. Vícios.

Eu queria ter um destino interessante, alguém interessante, na qual eu pudesse desfrutar dos dias ensolarados e das noites frias de inverno. Ser enrolada por braços que esquentassem ao máximo a carne e o osso. Sabe quando você quer gastar o seu precioso tempo com alguém, mas parece que esse indivíduo nunca aparece? Era isso o que faltava nos personagens, alguém que os fizesse sair do ar um pouco, voltar para o lugar de onde estiveram sempre e não sabiam.

domingo, 4 de janeiro de 2009

Set me free now!





Porque eu não quero perder a única coisa que ainda existe em mim, nem quero ganhar algo que não faz parte do meu viver, zeloso viver que, tento fazê-lo presente diariamente. Respeito por mim mesma e pelos outros e auto-destruição, respectivamente. Acho que ultimamente ando tenfo muito mais auto-destruição do que respeito. Destruindo o meu respeito, me culpando por erros cometidos sem perdão e carregando-os sem vergonha, na verdade, com apenas uma vergonha, de tê-los cometido. E ainda por cima com alguém ou algumas pessoas que adoro. Mas também não consigo entender como descobrem tanta confiança em mim. Alguém tão insegura e tímida como eu, que não tem palavras na boca, que apenas escreve, ou tenta fazer isso. Que vive nas fraquezas e nos retrospectos, nas coisas que não deram certo e lamenta por isso. Que crê nas pequenas coisas. E ainda assim descobrem confiança em mim. Eu só encontro vazio dentro de mim e ainda nem dou muito por isso. Na minha pequena e singela trajetória de vida, não valho nada, nem para ser boa amiga. Não sinto pena, dó, compaixão, nem quero que os sintam por mim, não faria sentido. Indiferença completa por mim mesma. Viu, perdi o respeito por mim mesma, ando descascando minha mera imagem nessas azuis entrelinhas e nem ajuda peço. Também, talvez se pedisse ajuda, poderiam pisar em mim, pelos meus vastos e contínuos erros. Eu sei da minha parcela de culpa, arco com as conseqüências, desmancho-me a chorar, mas agora, nesse estado de pura paz e tranqüilidade que o novo ano sã me ofertou, fico seca, sem colocar uma gota para fora. Apenas calo-me.



Aos meus amigos ofendidos por erros meus, pelo a compreensão e desculpas, se não aceitas, calo-me. Aos com pouca atenção, peço a palavra. E aos que não vejo, falo, ouço ou sequer sinto e enxergo, despeço-me.



Eu apenas gostaria de não ter sido tão puta ao ponto de ofertar-me, nem ao ponto de ter a vergonha de não ter falado. Pensamento insano e sem fim! Arrependimento inconseqüente e culpa degradante.