sexta-feira, 24 de outubro de 2008


Essa busca sem fim e futuro, matando, socando, tirando meu estômago, coração e qualquer outra parte do corpo. Judiando da carne, e deixando o ar de solidão e medo. Uma quebradeira de instintos já não mais identificados humanamente atingindo todos os lados. E eu não sei que caminho escolher, que passo dar, que mais eu posso fazer. Eu apenas queria sair dessa monotonia de não saber mais o querer da vida. Um ódio de estar viva, mas não querendo estar morta. Um dia após o outro sem sentido, sem nada a perder, muito menos a ganhar. Sabe, bem da verdade, queria estar ai, longe de toda essa coisa urbana, to um tanto quanto cansada disso, mas ao mesmo tempo eu poderia ficar aqui o tempo necessário, apenas esperando você chegar e não iria me preocupar com mais nada. Não sei, deve ser a sua falta, a minha constante presença, essa periódica distância. Intermináveis. Destrutíveis. Inconvenientes! Ah se eu pudesse me atrever a fugir, soltar as tranças e escapar para o lado que eu quisesse, apenas com você, e nada mais do que isso.


Girl, put your records on, tell me your favorite songYou go ahead, let your hair downSapphire and faded jeans, I hope you get your dreams,Just go ahead, let your hair down. You're gonna find yourself somewhere, somehow.


Recomponha-se garota o mundo ainda não acabou! Fuja!

segunda-feira, 20 de outubro de 2008



You don’t do anything. You just wait for something. You don’t know what to do. You just think a lot. And you wait again. Nothing to do. Nothing to say. You forget you past. You don’t wanna to know about your future. You just want to sleep for a long days. You continuous. You walk by. You don’t want something, ‘coz you desist about all the things. You don’t see light, bright, end, trees, lovers, friendship. You don’t heard. You don’t know how to open your eyes. You don’t speak. But smile, you’re alive.




Os Livros na estante já não tem mais tanta importância. Do muito que li, do pouco que eu sei, nada me resta. A não ser, a vontade de te encontrar. O motivo eu já nem sei, nem que seja só para estar, ao seu lado. Só pra ler, no seu rosto. Uma mensagem de Amor.

domingo, 19 de outubro de 2008

Espero que o fim da tarde venha com você


Agradável como o vento que batia lentamente no rosto e dava um favorecimento para e felicidade. E sorria para o nada. Sol levemente nos olhos, mas isso não incomodava nada, talvez fosse melhor ter uma luz entrando na mulher. E a brancura mostrava a ingenuidade feminina que ainda existia nela. Lembrava do mórbido passado, que foi enterrando e nunca mais visto. Esqueceu p que havia vivido, seu coração nunca acendeu como antes, e respirava aliviada, sem tanto peso como antes o ar entrava em seu corpo. Nem sei quanto tempo demorou para cessar aquela dor que sentia dentro do coração, mas ela era obsoleta agora, nua e crua, onde não havia mais problemas. Estava livre, e o penhasco fornecia a liberdade necessária. Sentiu um vento correr nas suas costas e abriu os olhos. Virou-se e sua íris desenhou aquele a qual pensou um dia pertencer. Baixou a cabeça e voltou a olhar o vale. Transpassou os braços até fechar a silhueta dela, encostou a cabeça no ombro da mulher. Eterna dor que voltava agora e parecia não sair, por aquele momento sabia que seria impossível curar o furo que novamente se abria. E o perfume espalhava pelas narinas dela, o cheiro que não havia fugido do senso olfativo feminino. Descobriu que ainda o amava, mas até ontem pensava que havia esquecido. Porque isso tudo mais uma vez? Machucar-se-iam novamente? Torceu a cabeça para o lado oposto da cabeça do homem. Girou e saiu dos braços dele. Ficou esperando alguma outra reação dela, porém nada saiu na expressão. Caminhou para o longe e o deixou sozinho. E nenhum outro pôr-do-sol foi tão mortífero quanto um adeus de olhos.

sexta-feira, 17 de outubro de 2008

Utopia e Reticências


E se o amor não fosse suficiente para a minha vida? Onde estariam os amantes latinos de quem tanto sabemos que existem? Talvez eu tenha me perdido em um grande lago azul, olhos azuis, pretos, verdes, tanto faz se são claros ou escuros. Apaixonei-me por eles, cai em tentação e naveguei ate os grandes mares para conquistá-los. Mãos perdidas, em um horizonte sem fim, em uma imensidão sem luz e o milagre desaparece diante dos olhos desesperados. Olhos famintos de paixão, fervor. Tempo que nos carrega para longe, muito mais distante que uma pobre cabeça pode pensar em querer estar.


Amores dissolvidos em água, uns cortados em pequenos pedaços por não darem certo no momento errado. Outros que não se encontram e vão embora, nunca mais se vêem, esquecem que existem. Amores interplanetários, amores sexuais, amores carnais. Apenas todos são amores, que vivem, relutam por algo a mais. Por um espaço inconseqüente, algo onipotente, estão livres para voar, com medo de caírem em mãos alheias, mas estão andando. Mesmo perdendo esperanças, chorando rios de sangue, andando por caminhos obcuros, transcendental, imaginário e desejável.


Fugiram nos enganos da vida, nos problemas de um fim sem sentido, de um dia chuvoso. Não estão navegando no mesmo barco, andando por entre as arvores verdes. Pessoas intervieram nesse meio, como a escravidão antepassada, como os imigrantes que deixaram suas terras. Invasores de corações alheios, destruidores de substancias, não acreditava em seu próprio caminho, intervieram nas casas dos outros.


Espero que o meu coração esteja cheio, esperando por algo, ou alguém o que o faça sentir-se explodindo, de uma fragrância desconhecida, um gosto diferente, um sabor relativamente de rosas. Quero morrer ao seu lado, gastar meu tempo colhendo flores nos gigantes campos verdes, correr para perder o fôlego, e recuperar ele em suas palavras. Quero um romance de cinema, um filme totalmente preto e branco, onde somente as cores nós podemos enxergar. I wish you were here!

quarta-feira, 15 de outubro de 2008


E o que faz você viver por anos?

Ter uma felicidade eterna?

E viver para que? Se não há para com quem dividir, rir, conversar, gritar, discutir. Porque não é somente de coisas esplêndidas que o homem vive. É disso que o ser precisa, de alguém que lhe compreenda, ou tente pelo menos em alguns instantes compreender. Que esteja ali, presente em alma, não necessariamente em corpo, mas que seja a parede estrategicamente montada, e que nesse ‘plano’, seja mais inesperado do que aquele que segue completamente as regras. Amor de pai, mãe, irmãos, família, amigos. Não são esses amores que conseguem fazer o homem viver, é preciso de algo a mais do que o amor fraternal e familiar. Aquele carnal, passional, fugaz, ardente, silencioso e mortífero. Esse amor que corroe a alma em épocas de chuvas longas, ou de calor de deserto. Quando distante, cria raízes de saudade, quando perto cria descaso de muito tempo junto. Mas sempre é o mesmo ato. Que vai se enraizando, criando força depois de algum tempo, e quando chega ao seu ápice, arma-se uma nuvem dourada, aquela paz transcendental, um calor fervoroso, uma sensação de vida mais viva, de cores mais intensas, de música estourando dentro de si e um arrepio com cada coisa que aconteça. O toque, o cheiro, os olhos. E tudo isso criado por somente e exclusivamente uma única coisa. Que mexe com todos, que cria expectativa, que faz as pernas balançarem, que anima e clareia o dia.


São braços, pernas, cabelos, tudo que, em conjunto mexe, e nem se quer faz parte se é interessante ou não. Gostoso quando dá certo. Porém até os não-correspondidos são adoráveis. Eles abalam como qualquer outro. Mesmo sendo de apenas um, dá o seu ar da graça e cria outra atmosfera. Os platônicos, os sensuais, os momentâneos, os que nem sabe se é amor ou não, mas estão vivos de alguma maneira. Amor expresso por palavras, por timidez exagerada ou até por silêncio.


Nem Whitney Huston, nem Toni Braxton, muito menos Jazz, Blues, La Vie En Rose, consegue descrever o indefinível amor. A extraordinária certeza é que concordo com Beatles, é que você precisa de amor. E cada amor que nasce, mais gracioso fica. Pode durar anos a fio, pode ser por um dia, alguns minutos de olhar apaixonado por alguém que tenha certeza que nunca mais verá, mas foi amor. Amor desesperado, aqueles que duram somente em festa, outros que levam nada mais do que quinze minutos ou que perduram somente uma noite e nada mais.

Amor é fogo que arde sem se ver; É ferida que dói e não se sente; É um contentamento descontente; É dor que desatina sem doer; É um não querer mais que bem querer; É solitário andar por entre a gente; É nunca contentar-se de contente; É cuidar que se ganha em se perder; É querer estar preso por vontade; É servir a quem vence, o vencedor; É ter com quem nos mata lealdade. Mas como causar pode seu favor; Nos corações humanos amizade, se tão contrário a si é o mesmo Amor?

terça-feira, 14 de outubro de 2008

Coração Deserto





E meu coração palpita cada vez que ouço aquela velha música, onde ninguém sabia o que dizer quando era tocada. Talvez o que realmente aconteça em mim seja a falta das tuas palavras e o calor dos verões passados. Descoberto nas cinzas das tristezas passadas, mas recoberto por novas ondas. Queria poder estar junto aos teus braços, e esquecer que a distância é algo que faz nossa cabeça. Pensamentos parecidos, dores semelhantes, mas uma enorme concentração de materiais diferentes. Opostos caminhos levados. Desejos diferentes, e isso podem ser o que me afeta, o que nos afeta. Ou então, o que verdadeiramente bate contra nós seja somente distância. Afáveis caminhos que antes eram perto de mim. Conhecimento que não demos conta enquanto estava juntos.

E eu que pensava que nada poderia dar certo em um tempo concreto. Mas os traços feitos são diferentes do que imaginamos, ou tentando inventar. Criamos barreiras para a desilusão não bater de frente, mas as ilusões são piores quando não há sabor de morangos na boca. E o que mais dói, é saber que não me olhas com olhos de amor. E a reação alheia sobre tudo o que passa em minha mente, é o constrangimento de estar ainda nessa mesma parte de um coração despedaçado. Despedaçado, não pela falta de amor, mas por amar em excesso, e isso mata, como qualquer força que não vá para o seu bem.

E se não houvesse barreiras nesse meio tempo? Se não houvesse distância que fosse maior do que tudo? Seríamos tímidos como as plantas são com as pessoas que as querem bem. E a cada pensar que crio, é uma parte indo-se para o léu, é uma vontade de não estar sentindo isso que passa dentro de mim. É a ambição de sufocar o que me mata, e fortalecer o que revigora depois de algum tempo. E as correntes que eram para ser amigas, viram e torcem os pés, e estão presos as coisas que não queríamos. Ou queríamos e não assumimos os desejos. Ansiaria por comandar em meu coração por algumas horas. E aspiraria não obedecer meu cérebro por um uns instantes, para conseguir não pensar, e tirar você de dentro de mim. Seria um alívio para meus olhos, não precisar mais enxergar o que me quebra e vira-me por lados em que é preferível não estar só.

E de solidão, somente meu coração sabe lutar contra, mas a vitória de não conseguir segurar-se mais é inevitável enquanto me vejo em frente a um paradigma de amar-te, ou apenas tentar esquecer o que realmente fez algumas tardes aquecerem-me durante rigorosos invernos que passei, e as dores nunca serão as mesmas depois de recobrir o furo que criaste em torno de uma fiel amadora de seus sentimentos e ilusões. Não é preciso viver para saber o quanto é doce estar ao seu lado e sentir o quanto é bom crescer em uma espinha ferida depois de uma guerra fria. E ainda lembro-me do nosso último abraço em meio a um turbilhão de medos e angústias misturadas.