terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Saudade é um pouco como fome.





Não acredito que acabou
Eu assiti tudo acabar
E nunca vi o recado no muro
Se eu soubesse
Que os dias passavam
Que as coisas boas não iam durar
Que você estava chorando


O verão se tornou inverno
E a neve se tornou chuva
E a chuva se transformou em lágrimas em seu rosto
Eu mal pude reconhecer o garoto que você é hoje
E Deus, eu espero que não seja muito tarde
...... Não é tão tarde


Por que você não está só
Eu estou sempre contigo
Nós vamos nos perder juntos
Antes que a luz venha te iluminar
Quando você acha que acabou
E a escuridão venceu
Querido, você não está perdido


Quando o mundo está desabando
E você não agüenta essa idéia
Eu disse, querido, você não está perdido


A vida pode não mostrar misericórdia
Ela pode despedaçar a sua alma
Ela pode fazer você se sentir como se tivesse enlouquecido
Mas você não enlouqueceu
As coisas parecem ter mudado
Mas há uma coisa que continua a mesma
No meu coração você permanece
E nós podemos voar pra bem longe


Por que você não está só
Eu estou sempre contigo
Nós vamos nos perder juntos
Antes que a luz venha te iluminar
Quando você acha que acabou
E a escuridão venceu
Querido, você não está perdido


O mundo desaba
Você não agüenta carregar a cruz
Eu disse, querido, você não está perdido


...yeah yeah, yeah yeah,
Eu disse, querido, você não está perdido
Eu disse, querido, você não está perdido
Oh yeah yeah
Eu disse, querido, você não está perdido.


Há momentos na vida em que sentimos tanto a falta de alguém que o que mais queremos é tirar esta pessoa de nossos sonhos e abraçá-la. Tenha felicidade bastante para fazê-la doce. Dificuldades para fazê-la forte. Tristeza para fazê-la humana. E esperança suficiente para fazê-la feliz. A felicidade aparece para aqueles que choram. Para aqueles que se machucam. Para aqueles que buscam e tentam sempre. E para aqueles que reconhecem a importância das pessoas que passam por suas vidas. O futuro mais brilhante é baseado num passado intensamente vivido. Você só terá sucesso na vida quando perdoar os erros e as decepções do passado. A vida é curta, mas as emoções que podemos deixar duram uma eternidade.

quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Por tudo que eu sei sobre você agora





Não se perca nos dias, nem nas fotos. Não se perca nos momentos, nos que já se foram, nos que ainda não vieram. Não se perca nos olhares. Mas se perca totalmente no que eles podem lhe dizer constantemente quando passa de um olhar para uma busca profunda sobre a situação.


Num passar de tempo em que nada hospeda um lado vazio do peito, parece que jamais algo vai conseguir, fazer um papel importante de, completar o que nunca foi suficientemente abastecido. Desesperado, gritando por um mísero dia em que, aquilo seja algo que tempo atrás, que essa profunda cavidade que dele se apoderou seja algo passageiro. Mas em tempos como esses, de calor excessivo e dias cansativos, a qual não seja há o desejo de fazer nada além de encostar a cabeça no travesseiro e repousar por horário indeterminado, estima-se que dói muito mais do que nos dias frios e na frente da fogueira se aquece. O fogo não aquece mais o que gelo já é. Não derrete. O que gelo esta segurando o sentimento que mais deveria de aflorar no individuo. Não há tempo que voe, não há sorriso que se instale, não há sentimento que assegure estar tudo bem.

Você não deveria de me olhar como me olhas desesperado. Como quem procura saber o que faço, o que sou o que me tornei. Com quem ando! Deveria de estar quieto para me deixar quieta. Deveria de estar longe de mim, como tentamos não fazer. Eu deveria desistir no primeiro respirar, mas é impossível quando se deixa que alguém segure a sua mão e diga que esta tudo bem. Você me machuca como quem corta a pele sem desejar. Você me faz brigar comigo mesmo quando eu estou tranqüila com o meu semblante. Você e o seu jeitinho indiferente das coisas, e a sua arrogância prepotente sobre tudo. Não me afeto por saber de ti do que faz do que tem do que anda de com quem anda. Incomoda-me o modo em que me olhas.

Se todos os meus versos de amores fossem para você, eu estaria atirada naquele canto, choramingando por algo que jamais foi meu, e nessa altura do campeonato, nem desejo mais. Porque se você fosse meu agora, não teria a mesma graça de todos os meus inescrupulosos sonhos, de quando eu mais precisava de você, tu aparecias e segurava a minha mão, não precisava dizer algo, simplesmente o teu toque sobre a minha pele seria a plena salvação de dias ruins. A sua presença era como imponente castelos europeus de seus séculos passados. Um olhar que cruzasse com os meus olhos era como mel que escorria. Uma louca travessura por querer encontrar-te mesmo não sabendo nem o seu paradeiro. Era ir atrás de algo inexistente. Mas a minha ânsia de te descobrir era muito maior do que saber sobre o meu próprio florescimento nesse mundo.

Talvez um voltasse, talvez o outro fosse. Talvez um viajasse, talvez outro fugisse. Talvez trocassem cartas, telefonemas noturnos, dominicais, cristais e contas por sedex (...) talvez ficassem curados, ao mesmo tempo ou não. Talvez algum partisse, outro ficasse. Talvez um perdesse peso, o outro ficasse cego. Talvez não se vissem nunca mais, com olhos daqui pelo menos, talvez enlouquecessem de amor e mudassem um para a cidade do outro, ou viajassem junto para Paris (...) talvez um se matasse, o outro negativasse. Seqüestrados por um OVNI, mortos por bala perdida, quem sabe. Talvez tudo, talvez nada.


Chorar por tudo que se perdeu, por tudo que apenas ameaçou e não chegou a ser, pelo que perdi de mim, pelo ontem morto, pelo hoje sujo, pelo amanhã que não existe, pelo muito que amei e não me amaram, pelo que tentei ser correto e não foram comigo. Meu coração sangra com uma dor que não consigo comunicar a ninguém, recuso todos os toques e ignoro todas tentativas de aproximação. Tenho vergonha de gritar que esta dor é só minha, de pedir que me deixem em paz e só com ela, como um cão com seu osso. A única magia que existe é estarmos vivos e não entendermos nada disso. A única magia que existe é a nossa incompreensão.

domingo, 22 de novembro de 2009

Amor, meu grande amor, não chegue na hora marcada.





Porque você demora tanto para perceber o que você é ou o que você tem? Sempre naquela mesma teoria de que você é vazia, nula para o mundo, vaga. A baixa auto estima é um tanto quanto ridícula, por não ter quase nada nesse compartimento. Ei garota, recomponha-se! Nesses dias quando não há mais nada ligado entre você e qualquer semblante que algum dia já tenha se encostado à sua face, vagar sem algumas preocupações é como sentir as costas sem peso. Mas no fundo você ainda quer saber dele. Tente não se preocupar com o que não bate a sua porta. Recomponha-se no sentido de: não morra na praia porque nesse exato período parece que a vida acabou. Você já viveu sem isso antes. Sei como dói no fundo do corpo essa ausência, essa coisa de “ter” e não ser seu.


Você o ama tanto? Não seja tola de não poder seguir sozinha, achando que a única salvação seja aquele corpo. Ele não vai respirar por você. Talvez lhe dará breves momentos de felicidade, de prazer, de amizade, jurando ser (quem sabe) eterna. Mas na priori de tudo, seus olhos se encherão de lágrimas tristes, frias e salgadas. No seu mais tardar, parecerá que estão rasgando seu peito e arrancando seu coração. Latejará por dias, semanas, meses até o dia em que não haverá mais nada que o atormente sobre aquilo. Irá doer até o momento em que essa dor não machuque mais e você já superou aquilo. Nunca irá superar por completo, esses furos de romance sempre ficam lá, pois i ser humano é fraco ao tentar combater o coração. Você pode até continuar tendo o carinho pela pessoa, preocupar-se, querer estar lá, mas isso é verdadeiro? Quero dizer, você sente tudo isso, deseja tudo isso, mas você realmente acha que isso é importante? Ele pode ser um nada e você só o deseja porque ele esta lá e é bonito de corpo.


Você é o que? As luzes e raios de sol? Você acha que talvez seja os olhos da esperança? Então é isso o que você é. Não seja aquilo que eles a compram, aquilo que eles querem/almejam/desejam/anseiam por você ser. Quer ser a sofredora nata, de coração estatelado? Ótimo seja isso que a sua mente cria. Será doloroso choramingar todo o santo dia, porém foi o que você quis. Não estou dizendo que é para você ser isso, apenas digo que, se você desejar, ainda pode mudar a face, o corpo, a mente, abrir o coração, e ser um outro alguém melhor dentro de você mesmo. Não perca a essência meu bem. Não se perca meu amor. Não se transforme em algo inenarrável.


Tenho tanto guardado aqui, gritando, chorando, sangrando. Tenho tanta vontade de colocar para fora, mas é tão ruim jogar essa dor para o possível culpado. Queria tanto estar, tanto amar, tanto ser amada. Mas a princípio não sou foco. Sou o que você talvez chame de segunda opção, carta marcada de segunda mão, um jogo, um prazer momentâneo. E o que se espera de alguém assim, de segunda visão? Espera-se que vá embora, que nunca mais volte, que abra os olhos e veja o que você é para o alheio. Você sabe de tudo isso, todavia seu coração amável lhe odeia tanto que, na hora do sufoco do próximo, você o ajuda. Você esquece o que você á para ele, só pensando na indecisão do outro. Não há raiva dentro de ti. Você se esforça ao máximo para ajudá-lo, e depois? Depois você segue sendo a segunda, terceira, seja o numeral que for.


Necessita-se de mais atitude para brigar e reclamar do que fazem de/por você. Grite por não ser um foco. Isso é desculpa para lhe jogar para segundo tempo. Se ama e gosta não há foco, descuido, tempo que seja perigoso, há amor e uma razão de que, hoje não dará para sair, tenho que estudar, amanhã sairemos. Agora de que você não é atual foco, meu bem, você nunca será o foco. Doa a quem doer, não se ama de um minuto programado até outro certo minuto. Não há números, dias e rotina ou cronograma. Iludir-se de que “em um mês iremos ter algo.” Ou “em um mês eu irei te amar.”, esqueça ou apague o amar, em um mês você irá chorar, irá falar que esta ardendo tanto dentro de você, que parece ser uma faca. O tempo irá curar, ajudar a sanar a dor e aquilo se esvairá, tornando-te a pensar – raios como eu chorei por algo que era previsto, estúpida – deu, passou a dor, há somente lembrança. O tempo não existe!


quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Não me venha com a dor de não ter sido o meu presente!





Eu não sei se você sabe, mas quando chega uma fase em que parece que nada conspira com você, nada esta a seu favor. Essas fases destroem o ser humano, arrancam pedacinhos lentos e mortais. Armas letais para o individuo que dele se apropriam. Nessas horas, dessas fases, eu tento me lembrar das épocas em que eu tinha mais sentimento interessante dentro de mim, que eu era mais humana, mas feliz, mais viva. De tantas as dificuldades que já me encontrei nessa minha pouca idade, não sei mais como eu estou viva, ou então, a forma que eu consigo me recuperar. Já pensei em desistir do que meu já é, só para não me perder na vida de desgosto. Já pensei em continuar para me auto afirmar, mas estou aqui porque ainda não encontrei nenhuma razão melhor para fazer algo diferente. Eu desejo infinitamente voltar para a casa dos meus pais, porque eu já não me agüento mais aqui, a minha pressão, a minha própria pessoa, porque tudo dentro de mim dói.



Tenho medo de cara lavada, de noites mal dormidas, de escuro total, de penumbra. Tenho medo de dias muito quentes, de arvores sem folhas, de ventos muito fortes e de barulhos estranhos. Abraça-me assim que possível. Tenho pavor de olhos caídos de ódio, de rostos penosos, de corpos machucados e mãos fracas. Tenho medo da vida que ainda não vivi, do tempo que ainda vem, dos amores que não se transformaram e das dores que ainda sentirei. Não suporto o som do vazio, o espaço entre dois corpos, a frieza da pele e o sentimento jamais trocado. Detesto a falta de compreensão, a ausência das palavras, a falta de consideração e o esperar do que prometeram. Não prometa o que não vais cumprir. Tenho medo do tempo, do que não cura, do que não adverte e do que não previne. Tenho medo do altruísmo completo, da decência efusiva, da efusiva dor de não ser o que é. Tenho receio de quem me compromete, de quem já não foi por medo, de quem se privou, de quem não sofreu e de quem calou e consentiu. Seja o que for, seja com o coração (seja sincero). Tenho temor de pernas que não ajudam, do sentimento que não colabora, do andar espevitado, do olhar traidor e do dia que não acaba. Tenho medo de estar sozinha nessas chuvas, de estar esperando por algo que já se foi, do tempo que não se esforça, do que não vejo, do que não sinto, do que não mexo. Tenho medo da falta de amor, da falta de esperança, da falta de fé, da falta de entendimento. Detesto ter que falar por pressão, a não iniciativa, a não colaboração, a não reciprocidade que era para ter.


Eu estou vagando por aqui, ali, lá longe, nas pedras que já não separam mais nada entre o chão e o mar. Eu sou o final do horizonte que nunca se enxerga, mas sempre se vê e ou imagina ele. Eu sou o que sinto, o que bebo, o que como, o que me transformo. Sou a incerteza de quem nunca tentou, a dor de quem já sofreu, a beleza de quem amou, os minutos de quem se entregou, e as palavras de quem não pronunciou. Eu estou escondida em cada gota de esperança, em cada grão de novos planos, em cada traço de futuro, em sentenças sem fundamento, em explicações embasadas na ilusão, em casos de amores únicos, em corações quebrados, em sangue derramado. Sou a dissolução de dor e espera, de amor e indiferença, de caminhar e não querer ir, de ter e querer, de ser e imaginar, de discernir e se atirar. Não sei ser a fórmula certa, a cura do machucado, o milagre dos cegos, o que desejam de mim, e o que me forçam a ser, o que me imaginam e o que tentam me construir, não sei ser a mentira. Estou na forma de dor, de probabilidade, de perspectiva, de visão, de futuro, de objetivo, de linha tracejada. Eu vou ir embora se o tempo deixar.


Não quero que sintas pena de mim, eu sou isso o que vês e não o que queres. De transformações eu sou uma mutante desdenhada. Não tenho linhas, limites. Não sou o que pode ser, sou o que eu quero e desenvolvo-me com as minhas dificuldades. Por mais de ser, eu sou humana, e a tua falta ou as tuas promessas não vão mudar a minha vida. Não mais, não vou cair nas tuas bobagens, cansei de ser o que os outros desejam. Não vou ficar aqui parada. E o tempo agora vai me ajudar. Pode tentar me esquecer, mas a impossibilidade será a companheira mais fiel que terás. Apagar-me da tua mente será impossível.

terça-feira, 3 de novembro de 2009

Cansei...





Meu Deus, me dê a coragem


Meu Deus, me dê a coragem de viver trezentos e sessenta e cinco dias e noites, todos vazios de Tua presença. Me dê a coragem de considerar esse vazio como uma plenitude. Faça com que eu seja a Tua amante humilde, entrelaçada a Ti em êxtase. Faça com que eu possa falar com este vazio tremendo e receber como resposta o amor materno que nutre e embala. Faça com que eu tenha a coragem de Te amar, sem odiar as Tuas ofensas à minha alma e ao meu corpo. Faça com que a solidão não me destrua. Faça com que minha solidão me sirva de companhia. Faça com que eu tenha a coragem de me enfrentar. Faça com que eu saiba ficar com o nada e mesmo assim me sentir como se estivesse plena de tudo. Receba em teus braços meu pecado de pensar.


Cansei quero só paz no meu coração, e uma praia pra descansar!

quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Delicinha chamada Dove




Como dizia Joseph Climber “Existem pessoas que não se abatem por nada...” – com esse dizer que começo meu texto sobre, ela, a pessoa mais distinta da Unisinos, mais do que tudo, a professora Dove [não resseca a sua pele( mas resseca seu cérebro e paciência)... Há hã].




Não se abatem por nada? Simplesmente isso, somos todos (além de alunos da professora) sobreviventes! Sim a cada final de sexta-feira (justo na sexta; muito traumático) damos graças por estarmos mais uma vez livres e vivos. Não que a aula seja ruim (botão irônico ON explodindo), mas o que não é bom, realmente é a professora. Lingüística estuda o que? Sinceramente, do fundo do meu coração, eu não tenho bem certeza sobre o que se estuda. Para se ter idéia, minha preparação psicológica para essa aula se inicia exatamente cinco minutos após o final da mesma. Não que exija muito, todavia para suportar a Dove ( e seus sinônimos, a qual pode se chamar – Couve, -Louve....-ove!...) necessita de muita força.


Se você não tem um estômago, cabeça, olhos e todo o resto bem resistente, nem entre na sala as sextas. Ao estomago pela visão que terás. A cabeça por ter que agüentar umas três horas falando sobre algo que você não vai entender (porém se leres os polígrafos entenderás). Os olhos para mantê0los abertos, que se POR ACASO bater um sono não conseguirás fechar (esse por acaso é algo corriqueiro). E todo o resto simplesmente porque é muito difícil manter-se, agüentar e sobreviver a essa aula. Somos sobreviventes, porque de tanta força para suportar algo incrivelmente desgastante e, de certa forma muito intrigante.


Vejamos pelo lado intrigante da coisa. Digamos que você nunca foi um serial killer, nunca teve desejos suicidas, nunca desejou matar alguém. Mas de uma hora para outra, além de se rebelar um pouco fora das características que as pessoas pensam sobre você, algo a mais se sobressai. Esse algo a mais que sai de você, e o transforma é, digamos assim, um killer muito forte. Você deseja constantemente destruir alguém. Vamos dar nomes e situações: Chega à sala de aula preparada mentalmente para o que vier, então ela entra na sala e tudo começa bem. Damos a opção de suportar vícios lingüísticos, pessoas tenebrosas, conteúdos inaceitáveis, vozes maldosas e uma outra grande cadeia de coisas que só lhe anseiam. Então você começa a se auto martirizar por estar La dentro, com frases do gênero: porque eu acordei às sete da manhã para vir para cá, ou então, Caramba, será que ela não sabe que não esta tendo nexo tudo isso. Ou melhor, do que isso, você pensa: JÁ POSSO IR EMBORA? – e ainda são apenas oito e quarenta da manhã. Você tem mais uma hora até o intervalo e sentir quinze minutos de liberdade e frescor. Nessa uma hora que parece nunca acabar, começa então os pensamentos mais mirabolantes, vamos citá-los:


- Pode-se começar por: Poderia dar um tiro na cabeça dela. Mas temos um colega que carrega uns fios para computador (não queira saber por quê!), então há também a possibilidade de usar os cabos para enforcá-la (isso é uma ótima opção).


- O segundo estágio é quando desejamos usar gases, fechar a sala como na Segunda Guerra, e fatores mais ou menos parecidos com esses. Nesse estágio já estamos pela terceira semana de aula, e aturar tudo isso é muita força. Precisa-se ter muita paciência nessas horas.


- O terceiro e último estágio é quando já começamos a pensar em algo grandioso, nisso lembramos mais ou menos da Inquisição(Inquisição, Tribunal da Inquisição ou Santa Inquisição (dentre outros nomes) foi um tribunal cristão utilizado para averiguarheresia, feitiçaria, bigamia, sodomia e apostasia. O culpado era muitas vezes acusado por causar uma "crise da fé", pestes, terremotos, doenças e miséria social, o acusado era entregue às autoridades do Estado, que o puniriam, as penas variam desde confisco de bens, perda de liberdade, até a pena de morte (muitas vezes na fogueira, método que se tornou famoso, embora existissem outras formas de aplicar a pena de morte). Com isso, ressaltamos o desejo de montar uma imensa fogueira no meio do pátio da Unisinos e colocar a Queridíssima professora nela, com roupa para queimar e ficar grudada na pele. Mas a gente sente muita pena das pessoas que forem ver isso.


Com tudo isso, todo esse espirito maligno sobre a professora, sexta-feira passada ela foi mutio bem tratada (não pela gente, estamos procurando o voluntário que fez isso para condecorá-lo como membro honorário da nossa turma como herói.), e ela estava ótima além de quase todos participarem na aula, ela se prontificou a ajudar e trabalhar com os alunos. Mas o objetivo do texto era mesmo mostrar que somos guerreiros e aguentamos firmes e juntos as aulas das sextas, mesmo com todo o pensamento inadequado para menores de dezoito anos (dezessete, tenho colegas com 17), e também para mostrar que somos mais ou menos seriais killers (medo!).


Dove nunca pensei que diria isso, mas: HOJE EU QUERIA QUE VOCÊ FOSSE A PROFESSORA DA QUINTA, SÓ PORQUE A DE QUINTA NÃO É DIVERTIDA COMO A SUA AULA! – mas esse pensamento não passou de dois minutos (Pena)!
O video do Joseph Climber só pela curiosidade: http://www.youtube.com/watch?v=h5DjjZipafA&feature=player_embedded

quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Ana Revolts com a aula de inglês parte total!

P.S.: Eu sou a loirinha tá?! (só para ninguém ter dúvida ¬¬)


Bom gente, eu estava falando de Saussure, de aulas de lingüística, e todas essas vertentes do curso de letras. Porém, sempre existe algo nesse mundo que faça o dia ficar completamente estranho, ainda mais depois de meses sendo extremamente agradáveis, mas tudo muda.



Onde eu quero chegar? Nas aulas simples de inglês I. Muito simples, básico, fácil, ainda mais que você já viu e reviu isso trocentas vezes, e já nem tem mais tanto sentido assim. Você tem uma professora, que já sabe como você trabalha, já sabe tudo o que você faz. Conhece bem o seu nível de inglês, exige, é divertida, compreende quando falta algo, tem os seus ataques de nervos, todavia nunca de exagero extremado. Na bem da realidade, você nunca prestou bem atenção na aula, porque, simplesmente aquilo já esta difundido na sua cabeça de modo que, não precisa mais disso, já sei por completo. Então, tudo esta muito tranqüilo, muito sereno. Fizestes a prova de meio semestre, fostes muito bem, sem problemas, esta garantida. Até que... Óbvio, alguém para perturbar minha vida. Achou que era pueril assim? Que eu ia ir bem o semestre todo, e ninguém ia me atormentar (tirando a Rove que me tira a paciência total, e uma substituta da aula de quinta (aliás, ela é um sarro, nunca ri tanto de alguém como ri dela.)). Era muito certo que algo deveria estar fora de controle para tudo ocorrer muito bem.


Você chega à aula para apresentar um projeto de trabalho, a qual não há vontade no corpo para fazer nada, muito menos para falar sobre o trabalho para a turma. E foi exatamente nesse dia que me apareceu MAIS UMA SUBSTITUTA. Certamente que após a apresentação do trabalho eu fui embora e nem vi a apresentação da professora nova. A sala do soninho (meu refugio pós prova, pós intervalo, pós cansaço, pós muito estudo, pós qualquer coisa que esteja relacionado à aula que eu não vou assistir. Então, eu assisto o primeiro período e me vou embora depois, para que assistir essas coisinhas, sei lá, existe tanta coisa melhor para fazer nesse horário em plena quarta-feira. Convenhamos, conversar as 10 da manhã no solzinho, na grama, pentelhando, é muito melhor do que ficar na aula de inglês vendo verbos irregulares e passado, presente e futuro.


Chego hoje na aula da professora que substitui a de inglês, e ontem mesmo eu havia comentado com a Daya: tomara que aquela COISA não vá dar aula hoje, tomara que a Teacher de inglês mesmo já tenha voltado. Então quando eu colo meus pés na porta da sala. CHOCADA! ABISMADA! Aquela infelicidade efusiva na sala. Sento-me tranquilamente e ela pergunta em alto e bom tom: Você vai ficar na sala hoje depois do intervalo Ana? – na maior cada de integridade física e psicológica, para não sair com uma cara de sem vergonha na frente de todos, respondo: Pois é professora, sabe a ultima aula eu sai mais cedo por causa do aniversário do Robson (e é verdade! – descrito até no blog! – Aliás, agradecimento ao Rob que me deu o DVD do Paul McCartney In Red Square), e na outra aula, antes dessa, eu nem lembro muito bem o que eu estava fazendo. Mas sabe professora, não to me sentindo muito bem, se eu tiver que sair, a senhora já sabe (puríssima verdade!). Comentário pertinente número 1: Qual é a dela de ainda estar dando aula no lugar da Teacher boazinha, que não me incomoda? Comentário pertinente número 2: Porque ela precisa saber se eu vou voltar? Eu estou num curso superior, eu faço o que eu bem entender, sou maior de idade. Comentário pertinente número 3: PORQUE ELA FICA OLHANDO SOMENTE PRA MIM E FAZENDO ESSE TIPO DE PERGUNTA SOMENTE PRA MIM? – esta certo que eu não aparecia na aula depois do intervalo, três dias seguidos, mas isso não é da conta dela. (Ana total revolts).


Além disso, ela fica com uma SUPERIORIDADE pra cima dela, com uma auto-estima do caramba, e fazendo piadinhas infames para tentar animar o pessoal, e às vezes, eu fico rindo só para não perder a professora – se bem que, eu desejo perder essa substituta. E ela exclama: LOOK AT MEY BEAUTIFUL GREEN EYES – E faz cara assustadora com olhos arregalados, que me deixa com vontade de nunca mais ver aquilo na minha frente, e eu rezo depois dessa cena para agradecer de estar viva ainda. Existem coisas nessas aulas que deveriam de ser proibidas, como por exemplo, a professora ir para congresso, viagens e etc. A mais pura verdade? HOJE EU DESEJEI ESTAR NA AULA DA ROVE! – Mentira, isso foi algo muito remoto na minha vida que só durou 2 minutos. (porque é impossível pensar mais de dois minutos nessa possibilidade suicida.).


O que eu quero dizer com tudo isso? Que eu quero a professora de inglês boazinha de novo! Eu cansei dessa substituta que me incomoda e pega no meu pé. Ela pensa que eu sou saco de pancadaria dela, só porque ela é maior do que umas três eu! E porque eu não volto pra aula (mais isso não é motivo concreto, mesmo eu estando na aula eu não estou! (complicado isso hein)). Fiquei revolts total com ela hoje, e voltei depois do intervalo pra aula só para ela ver que quando eu quero, eu me esforço, menos pra aula dela. Enfim povo (ou pessoa que lê isso – nunca se sabe né) deixo a minha indignação com a Teacher boazinha que não sabe nem escolher direito uma substituta.

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Sausse, Saussure, Fernando Casimiro Albertino (safado, sacana)




Bom, post passado eu falei sobre um tal de Saussure, a qual eu iria contar mais tarde, e lá vai a história.



Bom para começo de tudo, Saussure segundo a professora Dove era francês, mas depois de estudar a vida (muito interessante de Saussure) descobrimos que ele é suíço. Sim, pasmem a professora nos enganou a metade do semestre inteiro (vaca, literalmente). Saussure foi um lingüista, e sem sacanagem, ele estudou as línguas, a variação lingüística, e todas as bobagens que ele pode inventar. Criou teorias e mais teorias, porém antes disso, o mestre Sausse, foi um menino muito levado.


Fernando Casimiro Albertino Saussure nasceu em 1504, no condado de (não queiram saber o nome), onde havia mulheres lindas, loiras, com olhos azuis, cinturas torneadas. Usavam saias não tão longas, mas também não tão curtas, com camisas de manga princesa e aventais na cintura. Com meias-calças brancas e sapatinhos pretos. Os meninos da rua onde Saussure (Chomsky, wittgenstein, Weins...)brincar, se divertiam a beça, mas quando as meninas passavam, eles paravam imediatamente e colocavam uma face mais de homem, para que elas os olhassem. Sausse, muito safadinho como era, já pentelhava pela rua desde seus cinco anos. Por volta de 1512, Saussure já se mostravam mais homenzinho, porém seu lado errôneo e brincalhão (diga-se de passagem, para mim ele era um pouco mais sacana), adorava levantar as saias das meninas.


Quando completou seus dezesseis anos, se destacava brilhantemente nas aulas de gramática tradicional, e seus textos chocavam os professores. Por isso, seus colegas tinham uma certa aversão de estar com Ferdinand, pois seus dotes aparentavam meio homossexuais. Graduou-se no cientifico e diretamente ingressou no curso de letras (não sei como se chamava letras antigamente). Entrou na universidade (what? Que moderno!) e se vi igual perante todos, pois todos tinham uma certa pinta de gay lá. Nas noites, Saussure trocava as festas, baladas universitárias e meninas safadinhas, para ficar em seu quarto estudando (o que aumentava as indicativas de sua mudança de sexo). Começou a entender sobre lingüística, onde baseava-se que era um ramo da ciência mais geral dos signos (aries, libra, touro, capricornio...), que ele propôs fosse chamada de Semiologia (estudo do sem... Deixa quieto!).


Com o estudo do estruturalismo, os colegas de Saussure, que achava se encaixar com os pareceres alheios, viu-se totalmente enganado, principalmente com o surgimento das quatro dicotomias. Até Sandra, uma menina que se interessava descaradamente por ele, notou uma certa muadnça em seu lado masculino, que ficava cada vez mais feminino. Então Sandrinha, dizia que Saussure estudava e criava teorias para nao pensar na sua mudança de gosto masculino. Seguindo na linha dos estudos, o que nao interessa as dicotomias, Sausse já formado, dava aulas de linguistica. Nessas aulas, ele se aproveitava das dissertações de seus alunos, e aproveitava-se também dos alunos (sim, ele já havia assumido a sua homossexualidade por completo, porém não andava com roupas coladas e de grifes.).


Morreu prematuramente em 1573. Após sua morte, seus alunos buscaram o arquivo de notas do mestre no intuito de publicar um livro que apresentasse a doutrina exposta em seus cursos e que abria novos horizontes para a linguística (e para a liberdade gay no mundo (sim, desde mais cedo do que se imagina, o mundo já lutava por essa causa)). Contudo, as buscas foram frustradas e nenhuma nota foi encontrada. Assim, liderados por Charles Bally (aluno aproveitado) e Albert Sechehaye (aluno aproveitado e apaixonado por Saussure), resolveram compilar e comparar as notas dos alunos feitas durante as aulas. Esse trabalho culminou na obra Curso de Lingüística Geral (Cours de Linguistique Générale), publicada em 1585, ainda hoje leitura obrigatória para todos os estudantes e pesquisadores de linguística.




E assim foi a vida de Sausse, Saussure, seja lá como deseja chamar esse senhor, que nasceu levado, viveu como um mestre casaca virada, e morreu como um professor que usava os alunos e não conseguiu publicar muita coisa (tenho pena de você Saussure). Uma vida cheia de altos e baixos, de drama, algumas alegrias. Sua morte muito repentina comoveu o mundo e agora, consagrado, Saussure é o senhor dos senhores, o rei dos reis (mas não passa o Michael Jackson). Ferdinand Saussure agora é o Senhor da Lingüística nos cursos de Lingüística (ridículo isso), eternizando-se como um estudioso e importante professor para a lingüística do século XX e de sempre.

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Um texto sem pé nem cabeça.




Frágil – você tem tanta vontade de chorar, tanta vontade de ir embora. Para que o protejam, para que sintam falta. Tanta vontade de viajar para bem longe, romper todos os laços, sem deixar endereço. Um dia mandará um cartão-postal de algum lugar improvável. Bali, Madagascar, Sumatra. Escreverá: penso em você. Deve ser bonito, mesmo melancólico, alguém que se foi pensar em você num lugar improvável como esse. Você se comove com o que não acontece, você sente frio e medo. Parado atrás da vidraça, olhando a chuva que, aos poucos começa a passar.


Como não se sabe mais o que escrever, nada mais poético, nada mais aqui dentro pra sair, porque não há mais nada aqui, já arrecadaram tanto de mim que acabou secando o que, talvez, era a minha fonte de criatividade.


Hoje teve aniversário do Robson no campus 6. Vamos começar no começo, quem é Robson? Quando se pergunta quem é Robson, se questiona também a existência da Bruna e da Dayany. Essas criaturas obviamente saíram de algum lugar, e especialmente, do lugar que nesse momento eu jamais quero deixar. Conheci-os na Unisinos, no curso de letras, que inesperadamente fiquei amiga das duas já no primeiro dia de aula. De longe, são duas pequenas meninas, a meu ver crianças porque dão um pouco mais que na minha cintura em relação a suas alturas. Mesmo assim, já disseram que eram minhas filhas, e pelas nossas idades, eu diria que, não me importo nem um pouco de ser a mais velha e de ser “mãe” de vocês. Essas pessoas amáveis que diretamente e indiretamente entraram na minha vida como algo divino e modificaram muitas coisas que eu tinha dentro de mim, tanto na forma de pensar como de agir. Na forma de falar, na forma de como ficar mais tímida, na forma de tentar encontrar o que eu quero, mesmo não sabendo nada sobre o que eu desejo ser. Aliás, qual de nós três desejamos realmente letras?


Nessa delongada história contada por mim, entra um ser, meio weild (hã), meio fora de si, meio gesticulador, meio out. Um indivíduo que gosta de coisas japonesas, meninas de olhos puxados (a gente sabe que vocês vão ficar juntos no final da faculdade), que trabalha num Call Center (amo isso) e tem uma cabeça redonda e um cabelo estranho. Robson veio do nada falar com a gente, e como somos muito interessantes (pessoa humilde) ele resolver não largar mais da nossa mão. E ele é o único menininho do grupo. As pessoas devem pensar que o Robson é O CARA, porque ele anda com três meninas que sempre o paparicam (e com certeza não vai ter três meninas na filosofia para te paparicar tanto assim). Sendo assim, resolvemos fazer uma micro (e pequena mesmo, porque só tinham 3 convidadas, certamente que éramos nós três que tínhamos organizado a festa, mas tudo bem, o que vale é a intenção) festinha de aniversário pro Saussure (outra longa história). E foi muito engraçadinho, porque ele parou e ficou olhando a gente cantar parabéns com a maior cara de (ahn?! What a hell is that?) e depois ficou pulando, e a gente pulando nele. Robson contou sua frustrada festa surpresa (claro que a nossa foi a melhor).


Nessas horas que eu paro e digo para mim mesma, eu não quero sair da Unisinos, se eu pudesse, faria a nossa casa Robson lá na Unisinos, poderíamos nadar com o patos do lago da biblioteca e nadar, e teríamos vários restaurantes em casa. Eu tenho uma saudade de voltar para a aula só para falar e rir com vocês (e seria por outro motivo?). Se eu pudesse ficaria o dia todo lá, só para gastar meu tempo ao lado de vocês (podem se sentir especiais). Desejo tudo de interessante, gostoso e digno para vocês, para nós.



Vocês já são o orgulho da mamãe.

terça-feira, 13 de outubro de 2009

In my bed!





Eu sou a chuva, o frio, à noite, as estrelas, e tudo o que lhe faltar durante os dias. Tenho sido os passos que vagam por essas ruas sem rumo. Tenho sido a paciência que o tempo jamais dá uma ajuda. Tenho sido o anseio para a cura de um coração já morto, que o mesmo tempo delonga essa dor. Tenho sido a dor de estar cada dia mais velha. Tenho sido a frustração de não saber o que fazer nessas tardes frias, e nas noites quentes, e nos tempos de confusão mental. Tenho sido a amargura dos tempos antigos, o consolo do presente e a esperança de um futuro próximo. Eu sou a voz que sussurra na noite, o calor dos abraços, o salgado da lágrima, a unha que arranha. Tenho sido o atormentar de uma alma sedenta. Tenho sido o desabrochar de um sonho. Tenho sido a evolução de uma mente. Tenho sido o dedilhar de uma nota só. Tenho sido o sol que vai embora. Tenho sido o suor da aflição. Tenho sido o latejar de uma ferida. Eu sou o barulho das folhas caindo, o arrancar do carro, a barreira móvel e insolente.


Eu sinto uma tristeza profunda, um chamar na esperança fictícia, uma platônica paixão fervorosa. Eu sinto uma felicidade, mas não é a felicidade de sorri, e a felicidade de tapar a tristeza. Eu sinto essa tampa saindo devagar e deixando os vultos negros saírem. Eu sinto uma dor no peito, uma comichão nas costas, e um pesar na cabeça. Eu sinto um latejar da alma, um impulso para melhorar, um dia mais tranqüilo. Eu sinto o corpo cansar, o corpo pedir socorro. Eu sinto o coração morrendo, sangrando, ardendo. Eu sinto o ar nos pulmões. Eu sinto o ar sendo puxado cada vez mais forte. Eu sinto os braços pesados, e encostando-se ao sofá. Eu sinto as pernas longas, onde não há mais lugar para elas. Sinto-me longe, desproporcional, desajeitada. Talvez eu sinta, e sentindo me sento para não sentir mais tanto. Perco-me nessas sensações e sentimentos. Nessas fricções, nessas voltas e em volta do próprio andar.


O que eu desejo é a claridade do amanhecer nos olhos. Desejo roupas macias. Desejo dias com mais sol, um ventinho gostoso, e uma noite que congele. Desejo mais abraços, mais beijos, mais aflições de amores chegando. Desejo uma cama fofa, um copo de água gelada, um travesseiro aconchegante. Desejo pessoas mais calmas, com mais almas. Desejo dias mais estupendos. Desejo seres mais humanos, amores mais insanos, e carinhos mais reais. Desejo mais verdade nas palavras, mais sentimento nos ouvidos. Desejo mais corações vorazes e reais. Desejo os teus braços, os olhares, os dedos. Desejo mais brilhos nos olhos.


Eu sou a estrela da noite, o gritar da ventania, o carecer da chuva no sertão, o excesso de sol no verão, e a dor de uma mãe sem filhos. Eu sou a força das paredes de pedra, a frieza da água gelada, a falta de piedade dos brutos, e a meiguice das crianças. Eu sou o silenciar de uma noite de sono, o gozar do enrolar de pés, o chorar da noiva sem par. Eu sou o pó que imunda a mesa, a demora de quem espera, a distração de quem ama. Eu sou o que gruda na pele, o que amassa de forma delicada. Eu sou os dias, as noites, as tardes ensolaradas, e as chuvas tempestivas. Sou o que o momento me deixa ser e o que as pessoas fazem comigo e de mim, na surpresa e no avassalar de um tempo.

domingo, 11 de outubro de 2009

Love, love me do!




Pode invadir ou chegar com delicadeza, mas não tão devagar que me faça dormir.

Não grite comigo, tenho o péssimo hábito de revidar.

Acordo pela manhã com ótimo humor mas ...

Permita que eu escove os dentes primeiro.

Toque muito em mim, principalmente nos cabelos e minta sobre minha nocauteante beleza.

Tenho vida própria, me faça sentir saudades, conte algumas coisas que me façam rir, mas não conte piadas e nem seja preconceituoso, não perca tempo, cultivando este tipo de herança de seus pais.

Viaje antes de me conhecer, sofra antes de mim para reconhecer-me um porto, um albergue da juventude.

Eu saio em conta, você não gastará muito comigo.

Acredite nas verdades que digo e também nas mentiras, elas serão raras e sempre por uma boa causa.

Respeite meu choro, me deixe sózinha, só volte quando eu chamar e, não me obedeça sempre que eu também gosto de ser contrariada. ( Então fique comigo quando eu chorar, combinado?).

Seja mais forte que eu e menos altruísta!

Não se vista tão bem... Gosto de camisa para fora da calça, gosto de braços, gosto de pernas e muito de pescoço.

Reverenciarei tudo em você que estiver a meu gosto: boca, cabelos, os pelos do peito e um joelho esfolado, você tem que se esfolar as vezes, mesmo na sua idade.

Leia, escolha seus próprios livros, releia-os.

Odeie a vida doméstica e os agitos noturnos.

Seja um pouco caseiro e um pouco da vida, não de boate que isto é coisa de gente triste.

Não seja escravo da televisão, nem xiita contra.

Nem escravo meu, nem filho meu, nem meu pai.

Escolha um papel para você que ainda não tenha sido preenchido e o invente muitas vezes.

Me enlouqueça uma vez por mês mas, me faça uma louca boa, uma louca que ache graça em tudo que rime com louca: loba, boba, rouca, boca ...

Goste de música e de sexo.

Goste de um esporte não muito banal.

Não invente de querer muitos filhos, me carregar pra a missa, apresentar sua familia... Isso a gente vê depois ... Se calhar ...

Deixa eu dirigir o seu carro, que você adora.

Quero ver você nervoso, inquieto, olhe para outras mulheres, tenha amigos e digam muitas bobagens juntos.

Não me conte seus segredos ...

Me faça massagem nas costas.

Não fume, beba, chore, eleja algumas contravenções.

Me rapte! Se nada disso funcionar ...

Experimente me amar!

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

(Não) Era amor!




Você um dia ainda vai compreender o quanto era diferente a tua pessoa para o meu semblante...



... Antes eu não te admirava, não era fiel a qualquer palavra que saia da sua boca. Para mim, elas eram as mais introspectivas e desinteressantes. Aliás, nunca passaram disso. Não era a falta de senso de humor. Não era a, talvez, falta de carinho. Não era nem a falta de certas horas ficar distante. Muito menos qualquer coisa que tinha em seu mais íntimo e pessoal. Para mim, nunca foi à falta, muito menos o excesso. O seu pecado cometido foi transformar-me na mais ridícula humana procurando agulhas em palheiros. Sair às pressas atrás da sua própria sombra, e por entre os carros tentar descobrir o seu. Foi tentar analisar o que não podemos sair às escuras tentando enxergar. Nos meus momentos mais calmos, eu era o individuo mais pé no chão, mais realista, mais vivo. Isso não me machucava, não me deixava surtar drasticamente. Eu em meus dezenove anos vividos, talvez entre os dezoito e dezenove, eu tenha sido realista demasiadamente, coisa que nunca fui. Não sei se isso é bom, ser realista demais as vezes seja um pouco péssimo para uma sobrevivência solitária.


Eu nunca quis ser o suficiente em “não ser eu mesma”, ou em outras palavras, esconder-me por medo de não ter-te. Eu não tinha o medo de te perder, porque nunca foi objetivo meu ter você me envolvendo. Aliás, fazia tempo que não tinha objetivos passionais. Por algumas horas, foi bom passar um tempo sem objetivos relacionados ao coração. Pelo simples motivo de que, quando se tem uma meta do coração, você, quando acaba a situação, chora, grita e não tem mais o desejo de amar novamente. Essas coisas relacionadas ao coração sempre são catastróficas quando elas se partem e se vão.


Foi aos poucos, tendo-te, e querendo-me que eu sustentei o que “contive”, e mesmo de inicio não querendo, acabei cedendo. Mesmo sem ter as palavras que eu gostaria de ouvir. Sem ter os momentos em que quis me imaginar. Sem estar nos dias em que gostaria. Você ficou presente, e de presente me teve. E de presente, muito bem embalado, meu coração se mexeu como uma bala de canhão. Mas ele se contem quase sempre, quero dizer, eu o contenho. Ele ama desesperado, bate como louco a porta em dia de chuva. Chora como criança recém-nascida. Ele é fora de si quando vê quem quer, e quando não vê quem quer ele voa para procurar o indivíduo. Você foi desembalando vagarosamente o meu embrulho, e com o nada que você tem, você fez tudo o que poderia fazer comigo. Fez com que eu perdesse minha cabeça, meu coração. Minhas pernas tremiam, meus olhos baixavam com o medo de ver-te. Talvez minha voz mudasse para que eu ficasse mais carinhosa com a sua pessoa. Mas você, você nunca teve nada que me atraísse. E por mais que nada estivesse nesse seu corpo, no meu tom de pele, o vermelho era destaque ao ver-te.


Aos tempos em que eu me via mais livre e mais pensante, me sentia melhor. Você entrou como erva daninha dentro do meu coração. Onde de inicio pensamos que é flor, quando vai crescendo passa a ser erva e no final destrói a grama e flores ao seu redor. Você foi semeando em meu coração sementes de consideração e amizade. Enchi-me de respeito pela tua pessoa e isso, a meu ver, é muito mais importante do que um mero amor. Não levo amor como algo para sempre ou então como algo inabalável. Para mim o respeito que um sente pelo outro é válido como prova, como algema para uma vida. Prender-se, ou desejar prender-se na vida e alguém é dramático. Porém, mais dramático do que isso, é plantar amor nos corações de quem você, já não deseja amar, ou então amou, prometeu e largou.


Não te pedi nada. Não prometi. Não vulgarizei. Não fui nada além do esperado, talvez até tenha sido um pouco abaixo dessa faixa. Mas jamais disse algo que não passava das minhas verdades. De outra maneira, minhas verdades sempre me sobressaem sobre tudo na minha vida. Minha maior verdade foi que te amei constantemente no meu mais fundo sentido vital. Eu te amei tanto, que não reconheci isso de início. Amei-te tanto que tentei não te amar, por mais que isso fosse bobo. E você me jogou de lado, atirou para o mais invisível canto do teu coração. Esqueceu-me, e me tratou como trouxa. Eu apenas queria te dar um significado maior de paz, de amor. Dar-te-ia um pouco de felicidade quem sabe, ou então meros minutos de risos. Todavia, o que eu tinha não passava de coisas simples e tuas. Reservadas para ti. As quais, tu não viste, e não deixou eu tentar mostrá-las. Eu te amaria mais se não fosse pesado agüentar isso. Eu te daria mais dias ensolarados se não fosse tão distante de mim. Eu lhe proporcionaria mais sentido nos dias se não fosse tão enganador e ridículo comigo. Eu lhe queria, pois agora, não quero nem saber seu nome.

sábado, 12 de setembro de 2009

Eu quero ir para Paris de novo!




Cada vez que os dias passam, eu sinto um enorme vazio dilatando e comprimindo meus pulmões, coração, costelas. Tudo com todas as tendências a explodirem com mais um respirar. Comprimem-se tanto que até as costas chegam a doer, algo quase insuportável, que vai machucando. Difere-se das substancias que talvez eu tenha ingerido para tentar me acalmar ou então para não pensar tanto. Tem sido tão frustrante essas ausências, essas minhas faltas no meu próprio corpo, que já cansado de tanto sacrificar-se por, quem sabe, um bem maior. Mas em todas essas vias, inflamáveis de restante vitais tem sido, cada vez mais, uniformemente intolerável eu ainda estar, já vou me repetir, estar aqui.


Os dias tem se passado com algum toque que eu não sei mais o que é, mas cansa ainda estar presente nesse meio. Estar presente quem já morreu por dentro, o que por fora tenta mostrar vivo.

Não se acostume com o que não o faz feliz, revolte-se quando julgar necessário. Alague seu coração de esperanças, mas não deixe que ele se afogue nelas. Se achar que precisa voltar, volte! Se perceber que precisa seguir, siga! Se estiver tudo errado, comece novamente. Se estiver tudo certo, continue.Se sentir saudades, mate-a. Se perder um amor, não se perca! (Se o achar, segure-o!)

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Ainda existe esperança?




E dizer que te esqueci?
Enganar meu coração já passou de ser algo natural... Ele é tão mascarado!
Eu te amo, eu te espero todos os dias na mesma esquina. Eu te adoro como amo os dias quietos e quentinhos. Que te aguardo. Que te quero aqui!


Pronto! Já não posso mais fazer nada! Até por esperar eu já sei a rotina disso!

Mexes comigo, porque no meu sentido mais inóspito, eu sei que eu te amo.

quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Só para constar




O meu dever e direito perante a ti, meu bem, primeiramente começa com o respeitar-te. Ternamente, por o diferencial entre inserir o “e” ou pensar duas vezes em retirá-lo, prefiro ficar sem sua presença. O eterno machuca um pouco o que aqui dentro, dentro de mim, vive, ou por algum motivo, tenta viver. Digo-te, meu bem, que não ganhaste o eternamente, porque ainda não sei o suficiente das possíveis conseqüências que poderiam ocorrer caso algo viesse acontecer, aqui, ai, bem, quem sabe uma tragédia ou então a cena mais fora de nexo mundial. Respeito-te, porque faço contigo o que fazem ou deveriam Ed fazer comigo. Deveriam no motivo de que, numa realidade fria, é mais fácil ignorar ou simplesmente largar de mão. Porém, com todos os defeitos, ainda assim respeito a tua pessoa.



A minha segunda passada chega ao ponto de que se te respeito, ando ao estagio que gosto da tua presença, fina aqui perto, e ela me faz, de um modo especial, não desejar que as coisas acabem ou que tudo dê errado. Ao contrário do que meu negativismo faz comigo, almejo as coisas na sua plenitude, na sua profundidade contínua e deliciosa, onde não há os tais riscos a qual me desespero. A tua presença, seja ela, física, espiritual, muitas vezes mental, é uma sincronia amável da minha inútil e desligada graça, que algumas horas se escondem. A tua presença a qual na mais violenta desigualdade entre todos os meus instintos desejam te ver o mais longe imaginável.



No meu prosseguir, em terceiro ponto chego ao sentido de não deixar que a tua ausência faça com que eu sucumba e encontre um lado negro de ainda estar aqui, nessa possibilidade de uma solitária escolha e opção pela solidão. O que ultimamente, ela não tem sido muito bem informada para o meu resto, de que não posso depredar-me inteiramente. E esses meus desequilíbrios pela tua falta tem deixado minhas noites mais longas e frias do que as de costume. Tenho andado um pouco mais revoltada com as coisas que ainda não fizemos, ou então as quais eu tenho uma ardente vontade de realizar.



Não sei mais o que aqui dentro existe. Depois de tempos tentando esmiuçar o que muitas vezes parece vivo, ainda assim consigo decair constantemente e quando eu mais necessito do ressurgimento ele se esvai para o mais longínquo de mim. Sinto-me como louca, uma estúpida tentando mover-se no resto de uma guerra, onde eu poderia ter nojo do que sobra, medo do que vejo, porém eu tento seguir. Nisso me ponho: Para que seguir? Se você já sabia que seria assim, sabia que não deveria de fazer isso, porque você continua a insistir em algo que a única coisa que te levará será somente a gastar o teu tempo por alguém que nem do teu nome lembra?



Sabe do que eu tenho mais medo? Não é de ser deixada, porque isso o ser humano começa, de certo modo, a se acostumar. Não é de ser chamada (feita) de louca, trouxa ou idiota, pois em alguma hora da vida a gente cai em si e vê que algo esta errado. O meu real medo é dizer que te amo e isso não ser compreendido, não ser levado tão a sério, ser algo de risadinhas. Eu almejava e ainda desejo até o momento em que cair em mim, dizer que tenho respeito por ti e que me atrai o que dizes e o que fazes. Que isso é o suficiente para deixar-me significativamente mais feliz quando falo contigo. Todavia, não ajo, não falo, apenas almejo que um dia você possa entender. Não te peço que me ames, até porque não posso fazer isso. Peço-te que me respeite e que me avise o quanto boba eu estou sendo.


sábado, 22 de agosto de 2009

O silvo do trem na estrada de ferro na cabeça




Sempre é preciso saber quando uma etapa chega ao final...

Se insistirmos em permanecer nela mais do que o tempo necessário, perdemos a alegria e o sentido das outras etapas que precisamos viver.

Encerrando ciclos, fechando portas, terminando capítulos.

Não importa o nome que damos, o que importa é deixar no passado os momentos da vida que já se acabaram.

Foi despedida do trabalho? Terminou uma relação? Deixou a casa dos pais? Partiu para viver em outro país? A amizade tão longamente cultivada desapareceu sem explicações?

Você pode passar muito tempo se perguntando por que isso aconteceu...

Pode dizer para si mesmo que não dará mais um passo enquanto não entender as razões que levaram certas coisas, que eram tão importantes e sólidas em sua vida, serem subitamente transformadas em pó.

Mas tal atitude será um desgaste imenso para todos: seus pais, seus amigos, seus filhos, seus irmãos, todos estarão encerrando capítulos, virando a folha, seguindo adiante, e todos sofrerão ao ver que você está parado.

Ninguém pode estar ao mesmo tempo no presente e no passado, nem mesmo quando tentamos entender as coisas que acontecem conosco.

O que passou não voltará: não podemos ser eternamente meninos, adolescentes tardios, filhos que se sentem culpados ou rancorosos com os pais, amantes que revivem noite e dia uma ligação com quem já foi embora e não tem a menor intenção de voltar.

As coisas passam, e o melhor que fazemos é deixar que elas realmente possam ir embora...

Por isso é tão importante (por mais doloroso que seja!) destruir recordações, mudar de casa, dar muitas coisas para orfanatos, vender ou doar os livros que tem.

Tudo neste mundo visível é uma manifestação do mundo invisível, do que está acontecendo em nosso coração...

E o desfazer-se de certas lembranças significa também abrir espaço para que outras tomem o seu lugar.

Deixar ir embora. Soltar. Desprender-se.

Ninguém está jogando nesta vida com cartas marcadas, portanto às vezes ganhamos, e às vezes perdemos.

Não espere que devolvam algo, não espere que reconheçam seu esforço, que descubram seu gênio, que entendam seu amor.

Pare de ligar sua televisão emocional e assistir sempre ao mesmo programa, que mostra como você sofreu com determinada perda: isso o estará apenas envenenando, e nada mais.

Não há nada mais perigoso que rompimentos amorosos que não são aceitos, promessas de emprego que não têm data marcada para começar, decisões que sempre são adiadas em nome do "momento ideal".

Antes de começar um capítulo novo, é preciso terminar o antigo: diga a si mesmo que o que passou, jamais voltará!

Lembre-se de que houve uma época em que podia viver sem aquilo, sem aquela pessoa - nada é insubstituível, um hábito não é uma necessidade.

Pode parecer óbvio, pode mesmo ser difícil, mas é muito importante.

Encerrando ciclos. Não por causa do orgulho, por incapacidade, ou por soberba, mas porque simplesmente aquilo já não se encaixa mais na sua vida.

Feche a porta, mude o disco, limpe a casa, sacuda a poeira. Deixe de ser quem era, e se transforme em quem é. Torna-te uma pessoa melhor e assegura-te de que sabes bem quem és tu próprio, antes de conheceres alguém e de esperares que ele veja quem tu és..E lembra-te: Tudo o que chega, chega sempre por alguma razão!

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

And what's the worst you take from every heart you break




Porque você não me deixa pensar por minutos. E descrever o indescritível é impróprio para minha singela, insignificante e medíocre mente insana. Tentar prever ou sacrificar algo por minutos de êxtase, ao teu lado, não é mais improvável e desgostoso.

Vou pedir pra que me levem embora, porque nesses momentos de chuva como agora, onde cai fininha e quanto mais devagar mais doem minhas abertas feridas de tristezas passadas, as quais tentam se fechar com a tua presença, que hoje, não mais faz tanta parte da minha existência, como há dias atrás eu tinha o prazer em ver e rever teu semblante. E as minhas tardes de anseios inesperados para fazer algo que no final das contas, ele era estatelado com uma onda vocal que provinha de você.


Nesse mundo, meu mundo, onde não se extrapola tanto para de um olhar para um outro qualquer momento de malicia secundária. Amor, onde minhas papilas gustativas já fazem o trabalho de detectar que um doce e aromado sabor esta dentro de mim, e dele se transpassa o adocicar para o resto do corpo. E desse passear por entre todas as linhas corporais, na minha boca derretem-se como pedras de chocolate.


Agora, para mim, parece tão mais difícil carregar qualquer coisa que me pego nessa de tentar não querer compreender o que aqui dentro se passa. Não são mais as doçuras, nem os elementares químicos que fazem tremer o corpo, mas a saudosa parte de estar tão mais distante do que a minha mente imagina estar. Parece que, nesses momentos, tudo vem e revive o que eu já tentei, por séculos, esquecer. E o esquecimento cai sobre mim como peso para uma vida que gostaria de andar, e que solitariamente ela vai indo, vagando pelos inóspitos corredores imundos da cidade. Seria muito mais fácil realmente crer que esta tudo bem e nesse bem, não há nada além de mim e você, que pudesse me desligar por minutos e me deixar pensando que pode haver erros. E sobre todos os erros, eu os conheço como se fossem irmãos. Erros de todos os tipos, e os quão audíveis e dolorosos podem ser se muitas vezes tocados e deglutidos na mesma pele e pela mesma pessoa. As feridas da dor de largar ou então de ter pego e soltar pouco tempo depois é tão destrutível humanamente. Deve ser por fatos semelhantes que, não me deixo desiludir mesmo tudo estando tão acabado lá fora. Uma mera sonhadora, ou então uma criança que crê na própria imortalidade de um dia estar certa sobre todas as besteiras humanas.


É mais sincero acreditar que seja somente por um dia estar certa que todas as bobagens retrógradas humanas um dia irão acabar para um prazer maior e uma qualidade mais amena. E nessas qualidades, talvez eu ainda encontre um pouco de paz interior para entender que não deveria cair em amores tão facilmente, ou então, me dar um pouco mais de tempo para compreender que não se deve cair em amores por alguém que um dia, quem sabe, pode ter lhe dado mais de duas passadas de mão na cabeça e você, ter se enganado que era carinho. Desconfio porque é mais aceitável não se iludir ou criar uma esperança expectativa tão monstruosa para depois lavar-se no próprio choro, por mais que o próprio choro lavável pode ser reconfortante. Desconfio porque não quero me entregar diretamente ao perigo, ou então ao medo de que, inconscientemente eu estava certa ao ponto de não me entregar, mas o caminho mais fácil e correto naquele instante era o entregar-se parcialmente. Não quero mais uma vez ter o gosto de ser a sofredora histórica onde, tudo se aperta constantemente e a saudade era mais uma morte do que um viver pleno e sereno.

I won't let it get to me

But I'm gonna miss you badly

quarta-feira, 5 de agosto de 2009

Para onde nós vamos daqui?




Escrever é procurar entender, é procurar reproduzir o irreproduzível, é sentir até o último fim o sentimento que permaneceria apenas vago e sufocador. Escrever é também abençoar uma vida que não foi abençoada.


Nem sei mais o que escrever, o que fazer... Esse tédio de momento férias é tão grandioso que chega a ser pimenta para meus olhos. Prefiro dormir e fechar a cabeça, do que ficar escutando as bobagens mundanas que ainda percorrem os ouvidos... Mundanas(?)... Da Ana mesmo!

quinta-feira, 16 de julho de 2009

Para você, tristeza!




E o meu destino é qual nessa vida? Será que eu estou indo pelo caminho certo destinado a mim? Nesse mundo, vasto mundo, já dizia Carlos Drummond. O mundo dá interinas voltas para ser feliz, e no final das contas somos felizes em conseqüente parte do tempo e, no terminar de tudo, talvez nem seja tão gracioso quanto o tempo em que nesse nó estivemos. E nesse movimento constante total, o que lhe foi escrito foi aproveitado? Não sou profeta, não prevejo futuros, não entendo nada do que esta próximo, e tento ao máximo não pensar em previsões estrondosas por medo de sucumbir e não saber o que aconteceu com certeza. Mas perco-me pensando sobre o que eu estou fazendo da minha vida, nessa translação toda, onde tudo o que eu faço pode ou não ser valido, e essa validez esta condizente com a minha vontade. Quero dizer, conseguirei eu entender o porquê do certo e errado, relativamente não dando certo em suas circunstancias, porém, mais, além disso, será que eu estou entendendo as minhas oportunidades e razões de agir de certa forma e querer que aquilo seja assim.


Nesse caso, entrando diretamente sobre quantos perdões eu tive que revirar dentro de mim, esconder as minhas feridas, tapar com lacre profundo as minhas dores e perdoar para ser feliz, porque eu quero aquilo, e para ver o bem-estar alheio florescendo. Na bem da realidade, eu normalmente penso muito mais no bem-estar confortável do outro do que no meu próprio bem estar. Mais especificamente quando digo isso em questões fraternais e laços que na minha zona de conforto estão tão bem, mas eu deveria de mexer naquilo, porque no fundo me incomoda sem razão para ficar ali. Eu deveria de sacudir algumas coisas em mim, brigar com aquela pessoa que me incomoda, dar broncas, merecer mais o que dentro de mim há. Todavia, o meu conforto de eu me sentir bem com aquilo, nem que seja momentaneamente, pelo simples motivo de que eu gosto daquilo e eu tenho esperança naquilo, vá me machucando, e a bala que cada vez dispara quando isso ocorre, seja pior ao passar do dia, e o coração vai se ferindo.


Sofrimento é opcional, e por mais que eu tenha noção disso, é um sofrimento tão ardente de paixão, que no final de todas as somas e descontos, nessa incrível e irremediável cotação de dias, vai me fazendo bem sofrer e amar ao mesmo tempo. Já disseram que sofrer é conseqüência de amar, e amar remete friamente em sofrer. Contudo, o ser humano não nasceu para ficar agoniando pelas calçadas e chorando as pitangas por amores impossíveis, platônicos, sórdidos, deploráveis e entre todos os seus ramos passionais, mas sim ficar vivendo, e nesse vivendo eu ainda temo, porém coloco junto, o levando. Levar as coisas adiante, como um mero e discrepante mortal carrega a própria cruz para a morte em seguida. Vai seguindo com aquele pesinho, que vai tomando seu tamanho, que vai crescendo e seguindo nas costas. E esse peso torna-se monstruoso, e as costas já não podem segurar, e queremos deixar esse peso, porque estamos sofrendo com o peso e queremos nos livrar dele, só que o peso é tão grotesco e ao mesmo tempo tão sensível, que não há como retirar algo que não vá machucar a si mesmo como o próximo (talvez o próximo, o alheio não entenda ou então não sofra tanto como você). O que tenho em minhas palavras é, você pode morrer sofrendo por alguém, pode se machucar diariamente por alguém, você deseja que isso acabe porque esta cansada, mas não termina com isso.


Ontem à noite, eu perdi grande parte do tempo que era para eu estar dormindo. Gastei pensando no que isso não me faz bem, e dentro de mim dói tanto ter que suportar algo que no final das contas, eu acho, que não dará certo. Que eu sofro por algo que já era para eu ter esquecido, ter jogado para longe de mim. Mas por todos os meus adoráveis tempos entregues a alguém, que mesmo que tenha desmerecido grande parte da minha amizade, que tenha pisado em cima dela, esfregado com o pé varias vezes de um lado para o outro, sem dó nem piedade. Onde o mesmo fez palavras, que um dia eu desconfiei e eu estava certa em desconfiar, onde eu chorei caldos de lágrimas por querer cada vez mais alguém que nunca estará ao meu lado. Alguém que eu dei mais de duas chances, e a mesma que as esfarrapou. Que eu voltei a dar outra chance, inconscientemente, e que agora, eu estou gastada e desgastada, onde minha mente não agüenta mais ter que viver isso, por mais que eu ame vivenciar isso. Eu não posso mais deixar a minha vida sofrer por alguém que não pode me levar, e eu não estou perdendo isso, porque eu nunca tive isso. Eu só gostaria de ter a maior coragem para dizer isso sem o medo de estar ferindo alguém e me ferindo, dando um certo desgosto para uma amizade.

quarta-feira, 8 de julho de 2009

No meu coração é onde eu guardo você, amigo



"Cada passo que eu dou

Cada movimento que eu faço

Cada dia único

Cada vez que eu rezo

Eu sentirei sua falta (...)"


Eu tenho um caso de amor proibido por uma pessoa que eu descobri há pouco tempo atrás. Ela é oitava maravilha do mundo, obviamente que no meu coração, e aos meus olhos, ela é, com toda a certeza que existe dentro de mim, a primeira e única maravilha do mundo. No meu coração, que normalmente esta despedaçado, quase morto, com pouco sangue passando, numa cor, onde o vermelho esta em cor de vinho, e ele esta fraquejando a cada dia, ela pode não saber que ele fraqueja, mas por essa pessoa, ele bate mais forte. Na bem da verdade, eu a descobri desde que eu me conheço por gente, talvez muito antes de eu mesmo existir, mas fui conhecê-la por agora, nesses tempos. Conhecer no sentido de ir mais a fundo, quem sabe. No sentido de conversar, ter uma troca recíproca, porque desde os tempos em que eu era uma criança que não sabia falar, não tinha cabelos, e meus olhos pareciam ser grande, o que hoje já não são mais nem querendo que os fique, eu sabia reconhecer aqueles olhos que me olhavam, aquela voz que comigo falava, aqueles braços que me abraçavam, ou quem sabe, corriam, batiam, saracoteavam de mim e em mim, ou ate, por mim.


Eu não consigo esquecer, muito menos apagar, ainda mais quando eu me recordo por fitas, fotos, me recordo dos antigos momentos, fico na ansiedade pelos novos, imagino o futuro, desfruto do presente. Talvez não desfrute como esperava, talvez eu me magoe muito fácil, eu sinta um peso muito fácil, eu seja preocupada demais, eu seja hipócrita, irracional, imoral, inconseqüente, desrespeite, mas a maioria é por algo sem pensar. Eu tenho que confessar que não me imagino mais sem essa criatura que me apareceu, que me fez despertar novamente para a vida, ainda mais quando eu estava lá, no fundo do poço com os limos verdes muito chamativos, um resto de água podre e lama até nos buracos que havia entre uma pedra e outra. Ela agarrou minha mão sem saber e me puxou com força, mostrando-me a luz, e que o túnel tem um final (mesmo sabendo que tem o lado bom e o ruim, e às vezes eles se misturam, e que às vezes, o que é bom tem conseqüências ruins e vice-versa). Eu sobrevivi a uma guerra interior com a força dela. E de força, ela tem muita.


Realmente esse caso absurdo de tanto amor, que floresce a cada dia, que entristece com cada partida (e, diga-se de passagem, não foi uma, foram duas, três, umas de longa distância, outras tão perto, mas todas entristecem), que tenta esquecer as brigas, as discussões, e o embravecer alheio. Mas que sobrevive em grande alegria, que esta junto e compartilhado, sempre esperando por algo ou algum novo ambiente, pessoa, diversão. É um amor recíproco, onde as partes têm uma troca harmoniosa de energia. Algo cósmico, algo muito de tempo, de muito pensar, onde uns pensam, outros são impulsivos, onde no meio de tudo as características se mudam, onde tudo muda: cabelo, cor, roupa, gostos, mas o modo peculiar e as piadas internas, essas meu bem, nunca irão mudar, pode o mundo se transformar em o que bem entender, mas esse amor que dentro de mim vive, e me fornece esperança súbita, esse não muda, nunca mudara.


Pode entrar tempo ruim, pode entrar tempestade que nem as cidades resistam, pode o sol nunca mais aparecer, o ser humano descobrir a cura para muitas coisas, tentar desvendar a morte, o nascimento, descobrir novos mistérios, mas nunca vão entender o quanto e o misterioso amor que eu sinto pro ti, essa coisa envolvendo-me durante os dias, que cresce, que aumenta, que fica superlativo a cada instante, a cada respirar me vejo mais amante do teu ser. Minha cúmplice. Minha parceira de horas jogadas fora falando besteiras, pornográficas ou não, besteiras meio sérias, besteiras de fantasias. Aquela me viu entrar em casa com horas, dias de vida, que, não sei, não me lembro, mas recebeu-me em casa, acariciou minha cabeça enquanto eu chorava desesperadamente, que brigou comigo me deixando mais forte, que acalmou minha raiva também, que me ensinou, que dedicou algum singelo tempo para pelo menos uma risada tirar de minha boca. A minha irmã, tento dedicar o meu tempo, a minha esperança e o pouco que vivi, não muito comparado a ela, mas foi o que vivi. A ela dedico a minha felicidade que, quando toma meu ser me engrandece dias quentinhos e maravilhosos. A ela também, forneço os meus minutos preciosos para com ela, e somente com ela, gastar sem medo e sem saber para que.


Eu apenas deveria de agradecer a cada prece que faço, a cada palavra escutada, a cada conselho dito e recolocado em pauta. A cada segundo gasto, a cada olhar briguento, e a todas as brigas. Eu deveria de apreciar mais, admirar mais, mas me orgulho pelo simples fato de ser sua irmã, me orgulho de cada trabalho que vi nascer das tuas mãos. Orgulho-me pelo simples momento de acordar e pensar “ainda tenho a Mariana aqui...”, não preciso ver muita coisa para me orgulhar de ti. Não preciso me orgulhar muito, só de admirar todas as coisas que você faz, para mim já é a prova suficiente de que você é importante pra mim. Não preciso me desgastar mais a procurar fatos, provas, palavras, músicas e significados, porque além de limitar, ninguém vai conseguir definir o meu sentimento por ti, seria um tanto quanto impossível.