quarta-feira, 10 de março de 2010

Mas apenas o amor verdadeiro pode manter a ingenuidade




Tenho o orgulho de não compreender perfeitamente às ciências exatas, de ter um lado humano mais aflorado, apesar de ter encontrado o significado da palavra superação nos estudos de matemática. Talvez a genética ainda não tenha identificado se é transmuto as qualidades paternas e maternas para seus filhos em relação a “ter um lado mais desenvolvido do que o outro”. Sou filha de pais extremamente ligados às partes mais “frias” – cálculos, ligantes, contas e números sem fim. No mínimo que se espera é ter filhos, ou então alguma filha que saiba o básico e desenvolva essa parte matemática melhor. Porém, não ter o compreendimento completo sobre o que se esta estudando, vendo ou então tentando aprender sobre números, seja um tanto quanto frustrado pela expectativa de seus pais.

Confesso que nunca fui alguém que nasceu para os estudos, os tempos gastos com fórmulas, noites viradas estudando, tempos de resguardo para não sair fora do foco estudantil. Estudo o que eu gosto, desenvolvo o que me interessa (o que, particularmente não é certo), e quando alguma matéria não ia bem, eu ia “empurrando com a barriga”, e o pensamento de todo o jovem estudante: Daqui uns anos eu estarei estudando o que eu quero na universidade, e lá eu realmente estudarei. De certo modo, é uma premissa correta, todavia, ainda assim existam cadeiras universitárias que desagradam completamente.

Talvez realmente eu encontre cadeiras que me desagradam, mas para todo o mal que pode afligir uma carreia plena, ou então, quem sabe, quase plena. Ponho-me a escrever, seja o lugar que quiser, que puder e o horário que for. Apenas escrevo para tentar totalizar dentro de mim o que me constrange, me incomoda, se acomoda desejo e imagino, o longe, o perto, o que não faz sentido algum, o que é real aos olhos, as mãos. Sendo assim, é mais fácil escrever do que falar, observar do que argumentar. E meu bem, você me deixa horas a te observar, a tentar me observar mais, entender mais, para saber quem você é.

E naquele momento em que me olhavas, a centímetros de mim, ríspido, e fitava-me como nunca me olhara antes, meus olhos apenas queriam dizer que: Eu não acredito no que você faz. Não acredito no que diz. Não acredito que eu estou aqui. Não acredito que eu escolho as pessoas erradas para mim. Não acredito na minha incapacidade de amar. Mas, apesar disso, pelo modo em como me segura, eu só posso dizer que, mesmo com tudo isso ocorrido, eu só sei que te desejo, te amo e não me canso de te esperar.

Meu medo é tão desgraçado, às vezes me debruço chorando pelo o que eu sou. Outrora me peço indignada pelo o que deixei de ser. Talvez eu ame sorrindo, para não tragar da tristeza de esperar. Habita em mim o distanciar de duas almas, onde a estrada, injusta não se cansa de separar e de ficar cada vez mais longa. Há também os dias plenos, onde tentar não lembrar seria uma fórmula, para deleitar na cama pensando que deverias de estar ali comigo. Habita o cansaço de quem já batalhou, lutou e relutou por algo não conquistado e agora cansou também de apanhar. Mora em mim o espírito de não acabar com tudo. E apesar de naquele e nesse momento seus olhos parecerem me dizer que: Acabou! Não estamos mais juntos! Esse é o final! – Dentro de mim, eu lhe digo: Apesar de todas as tempestades me machucarem e me esfriarem. De o sol esquentar. E de eu ainda estar sonhando no dia em que eu serei tua, só tua. Digo que, eu ainda te amo, que te espero te aguardo e não ouço os teus sinais, mas eles virão, parar confirmar que: Não meu bem, ainda não acabou!



Quando essas loucuras do nosso amor
Pensarem em acabar
Eu te afirmo –
Muito amor ainda hei de te dar.

Lutando e continuando
Ainda ouço você respirar
Escutando e procurando
Em todo e qualquer lugar.

Rimas para dizer o que você sabe
E bem de longe custa acreditar
Espero que no fim entenda
O que há tempos tento mostrar.

Infantil, passional, puril, inocente
E não adianta me jogar de lado
Não basta me convencer do errado
Porque te amo cada vez mais ardente.

De amor eu sei o que dói
No amor eu sei acreditar
Da gentileza que me destrói
E do tempo que tenho a te esperar.

Um comentário:

Dayany Zadorasny disse...

já te disse né, tudo que tu escreve é perfeito. E o amor, por essência, é ingênuo, é puro, e acima de tudo, tem um barril de esperança do ladinho.
te amo amada.