terça-feira, 2 de março de 2010

Quando o enjôo é amor.





Teoria para um embasamento maior de qualquer coisa que se quer entender, aprender, compreender, completar. Pois bem, para aqueles que não querem recorrer à prática com mais rapidez e dando uma supervalorização a ela, a teoria cai como luva. Para os mais experientes, a teoria oferece subsídios perfeitos para seguir, alternando prática com teoria. Para os que têm medo, teoria seria fundamental para encorajar o que mata por dentro, pela cabeça. Para o que falta atitude, teoria para alcançar maior objetividade. Uma teoria não só serve para ajudar a ver algo ou dar ênfase a ela. Teoria em si é uma especulação, mas não é algo óbvio. Teoria no seu sentido, deve ser fora da obviedade, complexa, envolvendo inúmeros fatores, e que não seja facilmente confirmada ou refutada. Teoria serviria para tantas coisas, e na sua mais saudosa vivência, a teoria se dá em variadas formas, vários modos. Teoria literária, científica, física, química.

Na teoria da amizade, a gente tem que constatar se, a possibilidade de sintonia esta existente entre todos os participantes. Se não esta, não há problemas com isso, apenas uma dificuldade maior para um entendimento completo e pleno. Na amizade, não basta apenas ou só chorar, ou só rir, ou simplesmente (como alguns fazem) não fazer nada – mais óbvio dizer que, eles deixam de fazer. Deve haver uma prática básica em, fazer os dois, em equilíbrio, praticando um certo altruísmo contínuo para não deixar cair na participação única de ser sempre o ajudado. Não adianta ser sempre o ajudado, porque nem sempre se necessita de um apoio, mesmo o mais dramático ser humano sabe que há um desvencilhar entre as partes, ou seja, as correntes se quebram quando menos se espera, principalmente quando cai na monotonia. Acaba-se também, quem sabe, por falta de compreensão entre todas as partes, ou algumas partes, ou uma parte. Uma teimosia, às vezes, é digna de quebrar um grupo, de iniciar uma separação. Não se deve concordar sempre, mas entender. Uma amizade é feita de todos os cuidados mais delicados, dos momentos mais intensos de risos, das magoas mais refinadas, das saídas mais engraçadas, das partidas mais dramáticas. Deve entender o próprio lado como entender duplamente o que se passa na cabeça alheia. Na amizade não basta ter a vontade de ser amigo, deve haver a flexibilidade de todos, a possibilidade, a paciência, a criatividade, e a parceria.

Na teoria da própria pessoa, tem que ter a paciência de não cair no esquecimento de si mesmo. Não se deixar levar pelo que não da certo, o que não aconteceu, o que aconteceu e se esvaiu, o que chegou a vir, o que morreu, o que caiu e o que supostamente quis ser. Na sua própria existência, a teoria básica é se abarcar. Entender-se para ver o que faz a sua vida ser ou querer ser vivida. Ver o que de fundamental há, o que faz bem, mal, o intermediário de uma razão. Na teoria do individuo, não basta apenas existir sem ter princípios básicos para seguir em frente, uma regra, uma lei, algo do gênero deve ser criado para ter como constituição legislativa própria. Uma lei nesse caso poderia ser: arriscar independente das conseqüências, mas sem perder as noções essenciais. Além disso, deve haver uma conexão entre o que se faz e o que se pensa, sem tentar burlar as noções básicas de uma sociedade já constituída. Outro ponto que deveria ser adicionado nisso tudo, é o fato de que se deve fazer o que se gosta, o que lhe faz bem, e o que é obrigação, instituído por você mesmo e o que lhe cobram (seria justo abrir exceções para o que cobram.).

Na teoria do amor, a tão mais complexa de querer entender, é mais prático iniciar com Clarice Lispector, que nos diz: Quando se ama não é preciso entender o que se passa lá fora, pois tudo passa a acontecer dentro de nós. Partindo disso, na teoria do amor, além de saber o que esta acontecendo com todas as sensações, deve ter a sensibilidade suficiente para entender o que se passa dentro do outro. Não deve haver apenas o interesse, apenas a disputa, apenas o desejo. Mas o desejo misturado com a boa vontade de descoberta recíproca sobre o alheio. Na teoria do amor, como muitos dizem, vale tudo. Mas não vale querer manter uma relação unilateral. Nesses amores, o principal é ser interessado em não estar preocupado com o tempo que passa, com os dias que chegam mais depressa, com o que passou a um tempo não muito distante. Deve estar atento as necessidades de ambos, porque na teoria do amor, não basta ser somente você – o único a desejar – mas a ter um consenso entre todos os lados. Apesar de que, na pratica o consenso nem sempre entra no acordo, por algum dos lados não querer expressar. Na teoria do amor, não esta somente única na vida, mas esta totalmente enlaçada com a teoria da relatividade, da preocupação entre outras. Nesse mundo, não adianta apenas ficar na agilidade, na prática, mas deve haver um momento de acalmar os ânimos e recolher-se para balancear o que se passa com você, quiçá no amor, nem sempre nos lembramos de pensar em nós, nos outros, ou em qualquer coisa. Porque levamos tão na manha, no jeitinho, que se perde.


... Uma das coisas que aprendi é que se deve viver apesar de. Apesar de, se deve comer. Apesar de, se deve amar. Apesar de, se deve morrer. Inclusive muitas vezes é o próprio apesar de que nos empurra para a frente. Foi o apesar de que me deu uma angústia que insatisfeita foi à criadora de minha própria vida. Foi apesar de que parei na rua e fiquei olhando para você enquanto você esperava um táxi. E desde logo desejando você, esse teu corpo que nem sequer é bonito, mas é o corpo que eu quero. Mas quero inteira, com a alma também. Por isso, não faz mal que você não venha, esperarei quanto tempo for preciso.

Um comentário:

naNdo disse...

Simplismente muito lindas suas teorias Ana ^^

adoro teu blog !

sempre com textos lindos e que nos ensinam algo...

continue escrevendo... e continuarei lendo ;D

Beijão

naNdo ^^