terça-feira, 6 de janeiro de 2009

Copacabana



"Existem praias tão lindas cheias de luz. Nenhuma tem o encanto que tu possuis. Tuas areias, teu céu tão lindo. Tuas sereias sempre sorrindo. Copacabana princezinha do mar..."


Esses ladrilhos de Copacabana me dão uma nostalgia, me faz bater uma tristeza. Copacabana dos vinhos adstringentes, dos dias inúteis, da saudade. Essa praia que, quando vem a maresia, me atormenta da cabeça aos pés, das minhas loucuras amorosas, minhas frustrações emocionais, meus vícios. Meu vício por chocolate, por dias melhores, por ‘Copa’. não consigo ver esses medos quando aqui me encontro. E eu ainda me encontro aqui, sentado nessa areia, na minha paz transcendental, pensando sobre os meus fatos, que não me afetam mais.


Essa minha vida estranha, eu sempre fazendo essas insanidades do meu coração, já esta se tornando um vício em ciclos, que jamais acabara. Terminou o relacionamento, encontro outra pessoa, e o ciclo amoroso recomeça. Sempre será assim, enquanto eu continuar assim, diante de Copacabana e sozinho aqui, essa parte continuara.


E esse meu vicio por esquecer-te é maior do que qualquer outra coisa numa vida. É como carregar um filho, o peso dessa espera por liberdade dói. Mas eu luto por essa liberdade, e os ladrilhos de Copacabana me fortificam a querer cada vez mais uma coragem grandiosa para me desencilhar dessas correntes que você colocou em mim. Você é meu vício, pronto esta dito e feito. Não há como largar, eu sempre sinto que ainda pertenço a você, mesmo vendo-te longe, saindo, sacaneando qualquer outra pessoa que esteja a sua volta, assim como sacaneou comigo. Mas ainda pertenço a você.


Eu sempre soube que quando escurecia aqui, essa avenida fica com cara de algo sem explicação maiores, onde definições variam, mas as putas de Copacabana fazem o seu show. E o show de qualquer um, menos o meu, porque eu ainda não lhe tenho ao meu lado. E a meu ver, não sei se terei novamente. Sinto a falta de tua palavra, você a trocava tão bem. Era como música para meus ouvidos. Até quando gritava. Eu sinceramente acho que penso demais em você, mas não há como não pensar.


Esse vento me deixa com a esperança na mente, um sentimento de vida no final de tudo. Eu tenho compaixão de mim mesmo, por ainda colocar algum sentimento dentro de mim, tão vazio, tão inóspito. É triste me ver nessa decadência, nessa falta, nesse recesso. Mas vivo ainda estou, uma pena. E me sinto morto cada vez que levanto. E esse vinho que fica o gosto predominando na boca na beira-mar carioca é o meu vício. Meu maior vício ainda é te amar. E te amo como se fosse o ultimo segundo.


Um comentário:

Letícia C. disse...

Ih babe, se for depender dos lugares onde fui pra ter inspiração pros textos... Um bom lugar a beira mar vai continuar alimentando suas idéias.
Mas ler suas coisas quase dói (talvez por causa da sensibilidade adolescente que chora com as letras do fresno).
E tu escreveu "desencilhar" uma hora aí... Beijos.