Pensando em impulsos, tanto nervosos quanto impulsos criativos, impulsos de não saber se realmente quer ou não, mas são impulsos indevidos e devidos, de bom proveito, porque no final de tudo, sempre deve haver ou então, há algum proveito disso. Esses novos anos, essas vidas que dizem mudar na virada do ano. Sei que já esta tarde para falar sobre ano novo. Mas esse ano, nessa virada, de 2008 para 2009, além de notar que farei mais um ano de vida, já ficando maior do maior de idade, não fiz nenhuma promessa, oferenda ou qualquer coisa do gênero que normalmente se faz e repete a cada passagem de ano. Iemanjá não precisa de flores como o meu amor. Porém, os dois, as duas (meu coração (amor) e Iemanjá estão mortos).
Depois de ficar anos tentando, proferindo promessas, tentando a todo o santo custo cumpri-las, já me dei por conta que não é necessário mais ficar pensando e desgastando a mente em busca de promessas e desejos diferentes, para, somente na virada do ano, mentalizá-las, e no outro dia, não lembrar de nada, por conta da bebida, de afogar as magoas, ou então de apenas esquecer para não cumprir. Fogo mesmo, seria se lembrássemos e não conseguíssemos cumprir. Aliás, quando fazemos o balanço no final do ano e puxamos aquela listinha de deveres e promessas, e constatamos que a metade do que gostaríamos de fazer no ano novo, que em dezembro já é velho, tão velho que nem graça tem mais de pensar em fazer algumas daqueles tópicos em menos de um mês, que tudo se esvai.
Para começar, nessa virada, a contagem regressiva e os primeiros segundos de felicitações ao ano novo, foram sem espumante, ou qualquer tipo de álcool, e principalmente, especialmente, sem qualquer constrangimento de falar e repetir ao mundo, não fiz promessas e não agradeci a Iemanjá por nada. Desculpem-me aos amantes dessas tradições e afins disso, mas na minha vida, não mudou nada. aliás, me sinto até mais leve por não ter prometido algumas coisas que com certeza eu não cumpriria e me sentiria com um remorso gigantesco por não ter acreditado o suficiente para fazer e acontecer. Muito menos gastei flores e polui o mar. Comprei flores para alguém ou alguns que realmente fariam e sempre fazem e farão diferença para mim, dei um botão de rosa branca para cada integrante da minha família. Sim eu sei que isso só se faz no ano novo, mas depois de um certo tempo de viva e distância, é bom fazer alguns agrados a quem sempre esta ao seu lado.
E por sinal, logo após deixar a praia, as areias e o mar gelado do Sul do Brasil, diga-se de passagem, foi a primeira vez e uma incrível experiência de passar a virada do ano na praia, tive uma empolgação por não estar bêbada nem comprometida com coisas terríveis e inimagináveis. Consegui caminhar em paz, sem me preocupar com o ano todo, pensando que serão doze meses, de pura aventura anual, onde qualquer coisa poderá acontecer, e se der certo ou não, será aventura igual. Em aventuras anuais já estou farta, eu só gostaria de um pouco de paz mesmo. Então foi realmente proveitoso mudar a rotina de esperar o ano bêbada, segurando-se no ombro de alguém e mentalizando gastos promessas Iemanjá, que na altura de ser meia-noite, nem sabia que ela existia mais. Não sei ao certo se mudança faz passar o ano novo bêbada ou não, preferindo ou não, só saberei ao certo no próximo balanceio de ano, de estar livre de promessas, pensando naquele o que vier é lucro e vida.
(E sim, escrito dia 20 de janeiro, porque todo o dia é novo como o ano novo ( lindo Ana), mas eu havia esquecido de falar sobre ano novo mesmo!)
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